segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meu Planeta Terra de velho

Eu gosto do Planeta Terra. Acho razoavelmente bem estruturado - o que já o credencia a ser, na minha opinião, o festival de música de grande porte mais organizado do país -, e costuma ter o line-up mais compatível com meu gosto. Porém, quando o dia chegou é que eu descobri que, pra mim, tudo está ficando meio relativo, e por conta desse lance maldito chamado idade - e aí entenda-se cronológica, mental, espiritual, todas juntas. E a minha idade diz que eu não tenho mais saco/disposição para...festivais.

E num festival, quando não há a disposição, melhor focar e ver o que você realmente não quer perder, en la créme de la créme, na parte mais macia do filé. E pensando dessa forma, o meu Planeta Terra de apenas 3 bandas foi bom demais.

A primeira de todas era a única que ainda não havia visto ao vivo, e que é uma descoberta relativamente recente: a canadense Broken Social Scene. Gosto muito deles em disco e curti demais deles em show, mas queria muito ter visto a banda num lugar menor e com um público mais interessado. Eles têm um som bem peculiar e que por isso fica meio difícil ter uma definição mais precisa. Pensa em alguma coisa de Sonic Youth, outra porção de Flaming Lips e uma coisinha dos conterrâneos mais famosos deles, o Arcade Fire. Melhor ouvir mesmo (e tentar abstrair o corte ridículo da edição as 17"):

Aí depois veio o Interpol, a banda da qual senti mais pena na minha vida. Isso porque, quando eles vieram tocar no Rio, se apresentaram na péssima Fundição Progresso, um exemplo do que não se deve fazer em matéria de infraestrutura de local para shows; e os que lá estiveram lembram bem do show interrompido por conta de uma cascata d'água que caiu sobre a mesa de som do grupo naquela noite de chuva torrencial. A banda se portou superprofissional, mas obviamente foi prejudicada por tudo ali. Neste sábado, não. Som e tempo bons, condições perfeitas de jogo e uma bela apresentação. Uma de minhas favoritas: Por fim, os Strokes, banda campeoníssima no quesito "Reprodução fiel ao vivo do que se escuta nos discos". Nesse aspecto, ninguém impressionou mais do que eles até hoje, mas esse tipo de show pode frustrar aquelas pessoas que vão a shows esperando uma banda que gosta de mexer nos arranjos, ou de brincar de improviso. Confesso que gosto mais desse outro tipo de apresentação, mas os Strokes têm um repertório sensacional e, por isso, podem fazer o que está nos discos que eu vou me divertir. E me diverti muito, mesmo com aquele lance da idade jogando contra. E foi com esse saldo de 100% de aproveitamento que deixei o Playcenter. Ah, e com essa certeza da incompatibilidade entre minha idade e esses eventos também. Nada que eu não consiga esquecer até 2012 - afinal, memória fraca também entra nessa conta...

2 comentários:

Felipe hil disse...

Olá Carlos!
Eu realmente gostei do conteúdo apresentado em seu blog, sou um dos blogueiros do http://www.mtv.com.br .
Fiquei realmente encentado, como muitas pessoas talentosas nao tem o merecido crédito, enquanto pessoas tão vazias tem a capacidade de fazer sucesso desmerecidamente.
Farei uma indicação agora mesmo no meu blog: http://cridirectmusic.blogapot.com .

SORTE

Felipe Hilário

Felipe hil disse...

correção:

o endereço do meu blog é:

http://cridirectmusic.blogspot.com

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