terça-feira, 31 de março de 2009

ENTREVISTA: ASUSANA E ALÍBERA, AS CANTORAS DE INRI CRISTO

No princípio era o Cristo - Inri Cristo. Anunciando-se como reencarnação do mais iluminado filho de Deus, o solícito Inri experimentou por um tempo uma certa exposição televisiva em programas movidos a humor e polêmica, como o Pânico na TV e o Superpop. Mas na internet, o suposto Cristo deixou os holofotes para duas de suas seguidoras: Asusana e Alíbera.





Autoras do milagre da multiplicação dos pageviews de seus vídeos no YouTube - em que fazem versões de músicas de artistas nada religiosos como Amy Winehouse, Madonna, Britney Spears e até da banda inglesa de heavy metal Saxon -, Asusana e Alibera toparam dar uma entrevista exclusiva por e-mail ao Tudo Está Rodando.

Enviei algumas perguntas às duas, e as respostas vocês leem abaixo. Em seu depoimento, Asusana e Alibera contam sobre o começo da carreira, citam influências - de Legião Urbana a Guns and Roses! -, falam das gravações de seus vídeos... e ainda: definindo-se como ecléticas, as duas não descartam a chance de, num futuro próximo, gravar uma versão mística de um funk ou de um pagode de sucesso!

Confiram:



Antes de qualquer coisa, por que o nome de todas as discípulas de Inri Cristo começa com a letra "A"?
"O nome de cada discípula é Inri Cristo quem escolhe de acordo com a inspiração que recebe do Pai, e também de acordo com a história e missão de cada uma. O 'A' na frente dos nomes é uma homenagem às mulheres, já que elas foram solidárias ao INRI na hora da crucificação; naquele momento elas conquistaram o direito de se tornarem discípulas também. Ninguém é obrigado a crer".


Como surgiu a dupla Asusana e Alibera? Quando começaram a cantar?
"Tudo começou com uma brincadeira. No princípio nós cantávamos músicas antigas do Jamelão, da Dalva de Oliveira... enfim, canções que INRI gosta, no intuito de alegrá-lo, dar uma descontraída, pois quando INRI assiste aos noticiários, não tem como fechar os olhos para a triste realidade que vivemos, as guerras, as dores do povo, isso tudo o aflige e o deixa desgostoso".


Como e de quem surgiu a ideia de fazer versões místicas para sucessos do pop/rock?
"Foi cantando para Inri que surgiu a ideia de gravar a primeira versão, intitulada 'Paródia Divina', baseada na música 'A Banda' do Chico Buarque. Postamos no YouTube, os internautas gostaram da idéia, então vieram as outras versões".


Como é feita a escolha das músicas a ganharem versões?
"Nós não temos preferência por tipo de música, pode ser do estilo jovem de hoje em dia, como também podem ser músicas que marcaram época. Somos ecléticas".


Quem compõe as letras das versões? Vocês mesmas?
"A maioria das letras são sugestões enviadas por internautas. Gravamos justamente a partir de pedidos deles e até de amigos. Nós avaliamos carinhosamente cada sugestão e escolhemos as que mais apreciamos".


De quais artistas de pop/rock vocês mais gostam?
"Gostamos de vários: Capital Inicial, Legião Urbana, Ana Carolina, Guns ‘n Roses e de muitos outros. Apreciamos a MPB e aprendemos com INRI a gostar de música clássica".


Seus parentes e amigos já viram os vídeos? Se sim, o que eles acham?
Asusana: "Já viram sim, gostaram muito, e estão sempre esperando pelo próximo".


É feito algum ensaio para as cenas dos clipes? Quem as dirige?
"Nós fazemos uns ensaios, mas nada de malabarismo, pois não gostamos muito de dançar (risos). Os clipes são dirigidos pela Asusana, e quase sempre é ela quem escolhe o cenário. As cenas do último clipe, 'Não diga não' (versão para "Rehab", de Amy Winehouse, lançada no último dia 23 e já vista 80 mil vezes no YouTube), foram idealizadas por duas jovens que vieram da Itália, de uma escola vinculada à Benetton, para fazer um documentário sobre Inri Cristo. Elas se prontificaram a gravar o vídeo e nós obviamente aceitamos".


Quanto tempo demora o processo de realização do vídeo de uma versão mística?
"Cada vídeo leva aproximadamente dois meses para ficar pronto, pois temos que decorar a letra, ensaiar, depois preparar o cenário, gravar e finalmente partir para a edição".


Desde que surgiram seus clipes com as versões místicas, pôde-se notar uma dedicação maior na realização deles. Vocês têm se dedicado mais a pensar em coisas como coreografias, cenas, interpretações etc.?
"Na verdade foi tudo um processo espontâneo. No começo, era tudo caseiro, e aos poucos fomos nos aperfeiçoando. É que nós jamais pensamos que a brincadeira iria ficar tão séria (risos)".


O que Inri Cristo acha dos clipes? Ele dá ou já deu algum tipo de orientação para algum vídeo?
"O Inri aprecia todos os clipes, afinal todos foram feitos em homenagem a ele. Mas ele nos deixa bem à vontade para usarmos nossa criatividade".


Inri Cristo participou ativamente do vídeo da versão mística de "Rehab". Já houve a ideia de tê-lo cantando com vocês em um vídeo futuro?
"Inri aceitou participar a pedido das documentaristas que estavam aqui para entrevistá-lo e se propuseram a gravar esse clipe. Elas apresentaram as idéias e INRI considerou-as inspiradas. Afinal de contas, INRI não iria dizer não pra ele mesmo!"



Qual vídeo deu mais trabalho para ser feito até hoje?
"Quando existe esforço, boa vontade e dedicação, até as coisas mais difíceis acabam se tornando pequenas. Nenhum vídeo podemos dizer que foi fácil produzir, mas o que tivemos de gravar mais vezes foi 'O tempo vai mostrar', a versão mística de Living on a Prayer. Esse foi duro na queda, mas ficamos satisfeitas”.


Se houvesse um convite para participar de algum festival grandioso de pop/rock, vocês participariam? Por quê?
"A questão é que desses festivais só participam cantores profissionais, e nós não somos cantoras profissionais. Apenas deixamos de cantar embaixo do chuveiro para cantar no palco virtual(risos)".


Alguém já as cumprimentou ou as reconheceu na rua por conta dos vídeos e das versões místicas? Se sim, como foi ou costuma ser? Dão autógrafos?
"É claro que já vieram nos abordar, alguns já pediram para tirar fotos conosco. Nós só não damos autógrafos porque não somos artistas. Somos discípulas de Inri Cristo".


Já houve a ideia de vocês duas gravarem um disco?
"Nós não vamos gravar disco, pois não temos nenhum objetivo mercantilista. Nosso único objetivo é divulgar que Inri Cristo está entre nós. Até porque não somos cantoras profissionais, e sim mensageiras do Reino de Deus".


Até agora, vocês fizeram versões do pop, do rock e de MPB. Vocês fariam versões místicas de músicas de gêneros como funk, forró, axé ou pagode?
"Até agora não recebemos nenhuma sugestão concreta. Não são nossos estilos musicais favoritos; porém, se algum dia nos enviarem uma versão bem elaborada, faremos uma avaliação imparcial".


Se vocês pudessem escolher algum artista ou grupo de rock ou de pop para tocar uma versão mística com a dupla Asusana e Alibera, quem escolheriam?
"Como já dissemos, nós não somos cantoras profissionais, por isso preferimos assistir aos artistas".


Como é a rotina de ensaios de vocês? Algum outro discípulo de Inri Cristo tem talentos musicais? Podemos esperar novas duplas musicais de seguidores de Inri?
"Nós não temos rotina. Ensaiamos quando temos uma brecha, às vezes até nos intervalos das audiências de Inri. Não somos cantoras, somos discípulas. Além de cantar, continuamos com nossas atividades de sempre, que é atender o público, dar orientações às pessoas que nos procuram, além de nossos afazeres diários. Cada membro da SOUST (a Igreja de Inri) cumpre sua missão de acordo com o talento que recebeu do Altíssimo, mas talento musical por enquanto só embaixo do chuveiro mesmo (risos)”.


Qual a sua versão mística favorita e por quê?
Alíbera: "A próxima, sem desmerecer nenhuma outra (risos)".


Qual a versão mística favorita de Inri Cristo?
"Para Inri todas são favoritas, pois todas falam sobre sua missão e seus ensinamentos".


Vocês podem adiantar quais serão as próximas músicas a ganharem versões místicas? Podem antecipar como serão os vídeos?
"Isso nós não podemos revelar. É surpresa".

segunda-feira, 30 de março de 2009

A POLKA NÃO POUPA NINGUÉM

Na tarde deste domingo, conheci por intermédio da camaradinha Liv a excelente versão do grupo ucraniano Los Colorados para "Hot & Cold", da Katy Perry. Essa aqui:




O gênero musical da versão é a polka, que pode ser rasteiramente explicada como "música de Oktoberfest". Geralmente os temas da polka são regionais, mas outros grupos já chutam há tempos o barril de chope o balde quanto ao respeito à tradição e bebendo em fontes do pop rock - e o melhor exemplo deles é o Brave Combo.

Fundada em 1979, a Brave Combo é uma banda de polka do Texas que já pegou tudo quanto é tipo de música para formatá-la no esquema bailão alemão. "People Are Strange", dos Doors, por exemplo:





Também na linha polklassic rock, a Polka Floyd honra a proposta que traz em seu nome autoexplicativo. Eu juro que curti:





O adorável bobalhão Weird Al Yankovic também tirou seu shortão verde do armário em uma versão de "Bohemian Rapsody", do Queen, que nas mãos dele virou "Bohemian Polka", usada em um fanclip de "Lost".





Mas a mais festiva e todas é o cover de um grupo chamado Humppamalli para "Das Model"/"The Model", o clássico do Kraftwerk. Tente não bater os pés ao som deles:




Não é nada, não é nada, tudo isso aí faria a festa de muito indie/punk/emo/tiozão do rock em uma noite de galões de chopp ingeridos. E, se bobear, vai ter DJ tocando isso na noitada e um bando de grupos indo no rastro dos Los Colorados. Poderia até ser bizarro, mas não neguem: que seria divertido e deliciosamente galhofeiro, ah, seria.

quinta-feira, 26 de março de 2009

INRI CRISTO E O REHAB ESPIRITUAL

Eu bem que tentei evitar, mas Asuzana e Alíbera não me deixam:




A dupla - de cabelinhos à la Amy Winehouse, notaram? - é quase uma versão cristã das Shaggs. Quer dizer, versão mística. Desculpem.

Eu só queria ver a Amy ouvindo essa versão...

quarta-feira, 25 de março de 2009

PODCAST TUDO ESTÁ RODANDO #8





Enfim, mais uma edição do podcast do blog! Confiram a tracklist do que rola nesta oitava edição:

Primeiro bloco

- The Harlem Shakes - "Sunlight"
- Of Montreal - "Gronlandic Edit"
- Girl Talk - "Like This"

Segundo bloco (tema: Radiohead ao vivo em SP)

- Radiohead - "15 Step"
- Radiohead - "The National Anthem"
- Radiohead - "Exit Music (For a Film)"

O RSS exclusivo do podcast está aqui! No mais, o de sempre: enviem suas sugestões de blocos temáticos, críticas, elogios e o que quiserem dizer para tudoestarodando@gmail.com. Divirtam-se!

VITAMINA!

A irresistível batida de assuntos voltou ao blog, depois de um tempo em falta. Preparem seus copos:


MAIS RADIOHEAD

Já até twittei isso e vou repetir: tá difícil não pensar no show de sexta e no de domingo - sim, porque vi o de São Paulo na TV, até quando o Multishow deixou. E na comparação dos sets da Praça da Apoteose e de SP, olha...

Juro que não é bairrismo, mas muito particularmente falando, pro meu gosto o do Rio foi ligeiramente melhor. E digo isso porque pude ouvir minha música favorita da banda: "No Surprises". Em compensação, outra favorita, "Exit Music (For a Film) rolou lá e não aqui...

Na verdade, na verdade mesmo, os sets acabam se equivalendo; e suas diferenças foram atrativos que recompensaram o esforço dos que viram as duas apresentações. Ponto para o Radiohead. Quer dizer, MAIS um.


UMA GRANDE GOZAÇÃO TWITTERIANA

Na onda dos sites de mashup do Twitter, surge o Epenis. Inspirado na clássica expressão de se medir, err, forças, o Epenis calcula o tamanho do seu pênis Twitteriano com base no seu login. Claro que número de seguidores, de posts e de pessoas seguidas contribuem nos centímetros e milímetros atribuídos. E o site ainda tem a possibilidade de se postar a sua calibragem e medir a de seus amigos. É bizarro - e cá entre nós, pega malzão...

(Mas ó: a medição do Twitter do Tudo Está Rodando deu metragem infinita. Te cuida, Kid Bengala.)


PORN JACK BAUER

Sem fugir muito do assunto, repito aqui a frase já dita por mim sobre "24 Horas" na redação em que trabalho: "A série é que nem filme pornô: o enredo é o de menos, pois todo mundo sabe aonde a coisa descambará".

Me referia evidentemente a explosões, torturas, traíras e tudo aquilo que é exibido temporada após temporada do seriado. Mas vou admitir: assim sendo,a sacanagem desta sétima temporada veio no capricho...



NOTÍCIA BIZARRA DO DIA... DE ONTEM

Foi essa aqui: Obsessão de John Mayer pelo Twitter fez Jennifer Aniston terminar romance com ele.

Com essa, o chatola do Mayer acaba de ser convocado pela Seleção Mundial dos Celebridades Buchas. Vai entender...

SAUDADE DO PODCAST... MAS ISSO PASSA

Que tal um podcastzinho Tudo Está Rodando para animar a quarta-feira? Eu estou a fim, o tempo está do meu lado e isso deve mesmo acontecer. Cool!

sábado, 21 de março de 2009

KRAFTWERK + RADIOHEAD = INESQUECÍVEL.



Qualquer discussão sobre a banalização de alguns adjetivos não pode usar o show do Radiohead como exemplo. Não pode. O que algumas milhares de pessoas testemunharam ontem na Praça da Apoteose, no Rio, foi muito além do cumprimento de expectativas alimentadas anos e tracklists a fio: o show de Thom Yorke, Colin Greenwood, Ed O'Brien, Jonny Greenwood e Phil Selway foi colossal.

Mas antes deles vieram os Los Hermanos - que não vi e nem fiz questão de ver, pois já tinha conferido tudo o que queria deles - e, enfim, o Kraftwerk. Eu tinha perdido o show deles nas duas primeiras apresentações no Rio - um pecado que se tornou ainda maior quando consegui conferi-los. Música e projeções casadas num convite à hipnose, a acertadíssima frieza calculada, as roupas à la Tron... Enfim, uma aula de como se amarrar um conceito e transformá-lo em espetáculo e a ótima sensação de se estar diante dos Chuck Berries da música eletrônica, ao som de músicas como "Showroom Dummies", "Tour de France" e "The Model".



No ótimo show do Kraftwerk, apenas dois problemas, e nenhum deles a ver com o quarteto: 1º) A certeza de que o climão do show deve funcionar bem melhor em lugares fechados, com o público mais próximo do palco, e o som mais alto; 2º) O desinteresse de grande parte do público, que estava ali só pelo Radiohead. E isso aconteceu porque o Kraftwerk não merece ser banda de abertura, e o show deles não serve a esse propósito. Fico feliz por eles terem sido escalados, pois assim pude finalmente vê-los em ação, mas seria bem melhor que o show deles fosse à parte, em outros locais e circunstâncias. Mas acredito que ainda farei um post de uma apresentação só deles, nas CNTP que merecem.

E então, Radiohead. Do começo ao fim, uma experiência. Nos primeiros instantes de "15 Step", a impressão de que teríamos um show daqueles para guardar nos corações. É tudo de um bom gosto imenso, e simplicidade joga junto com a genialidade na cenografia: o palco é essencialmente iluminado por leds em tubos que vêm do teto. No telão, a ideia antes materializada no Scotch Mist, o show online que a banda usou para promover o "In Rainbows": uma grande imagem dividida em quadros; e, em cada um, um integrante captado por uma câmera exclusiva. Matador.

Mas falemos de música - ou seria de transe? Se o Radiohead não é exatamente um grupo que faz suar a camisa de seu público, ao vivo potencializa ao máximo a capacidade presente nos discos de fazer a platéia viajar. Gente cantando de mãos pra cima. Gente de olhos fechados, curtindo seus universos particulares ao som de uma luxuosa trilha. E outros, como eu, que preferiam não tirar os olhos do palco.

O setlist de 25 músicas (vide abaixo) foi generoso. Do último álbum, "In Rainbows", destacaram-se a força de "Bodysnatchers" e o duo de violões em "Faust Arp". Tudo especialmente bom e, sobretudo, belo.

Para dançar, além da já citadas "Bodysnatchers" e "15 Step", a eletrônica "Idioteque", "Just" e "The National Anthem". Uma de minhas preferidas, "The National Anthem" teve o arranjo de metais substituído pela cantoria da melodia feita por Yorke. Pena que Jonny Greenwood não sacou um trombone qualquer de sua caixa de 2332 instrumentos. Aliás, o cara não para. Sai da guitarra para o teclado para o Ondes Martenot (aquela espécie de theremin de teclas) e ainda usa sua invejável coleção de pedais para fazer o que quiser.

Voltando a falar de discos, para mim os melhores momentos saíram do "Ok Computer": a etérea "No Surprises", arrepiante como nunca; e, claro, "Paranoid Android". A parte lentinha, do "Rain Down", cantada em coro pela massa de braços erguidos é algo que vou seguir vendo durante muito tempo quando fechar os olhos. Banda feliz - muito feliz, diga-se - e público entregue, apaixonado. Espetáculo.

E ainda teve mais, muito mais, com surpresas espontâneas (como o simpático erro de Yorke na letra de "Everything In Its Right Place"), pungentes (o pianão com câmera megamaxiclose em Thom Yorke de "You and Whose Army", introduzidos por um "United States tries to fuck with you" do líder da banda), mais corinhos incríveis (o "I lost myself" de Karma Police, o rasgadão de "Just") ... E, depois de dois bis, um encerramento-agradecimento: "Creep". Achei excepcional que a banda tenha deixado como última música de seu show uma canção que pouco/nada tem a ver com o momento do Radiohead, mas que certamente foi a primeira a chamar a atenção para o grupo de muitos que ali estavam; e que, a partir dela, deixaram-se levar pelo brilhante caminho percorrido pelo Radiohead. Justo, legítimo, especial.

Engraçado: por anos e anos, ao falarmos de Radiohead, vários fãs lamentavam o fato de não vivermos nos países de primeiro mundo, em que a banda se apresenta com uma frequência invejável. Mas tenho certeza de que muitos pensam que, se shows deles fossem tão frequentes em nossas vidas, talvez não tivéssemos achado a noite de ontem tão marcante. Né?

Besteira. Queria eu que houvesse mais noites de luzes encantadas, de "No Surprises" e de vozes unidas como em "Creep". Mas agora, mesmo, o importante é que, por pouco mais de duas horas, essa noite existiu - e uma das mais bonitas que já tive.

***

SET LIST

15 Step
Airbag
There There
All I Need
Karma Police
Nude
Weird Fishes/Arpeggi
The National Anthem
The Gloaming
Faust Arp
No Surprises
Jigsaw Falling Into Piece
Idioteque
I Might Be Wrong
Street Spirit
Bodysnatchers
How to Disappear Completely

PRIMEIRO BIS:

Videotape
Paranoid Android
House of Cards
Just
Everything In Its Right Place

SEGUNDO BIS:

You And Whose Army
Reckoner
Creep

***

P.S.1: Neste canal do YouTube temos os vídeos do show. Agradecimentos ao cybertechno.

P.S.2: Sabem o mosaico que abre o post? Não sei se todos notaram, mas é ampliável. Basta clicar. Na verdade, é uma reunião de todas as fotos que tirei de meu celular, a uns 30 metros do palco. Devo postar as imagens no meu Flickr. Se fizer isso, aviso...

P.S.3: Fãs que estarão no show de SP, mais uma vez: preparem seus corações.

quarta-feira, 18 de março de 2009

FREDDY KRUEGER, JASON OU MICHAEL MYERS: QUAL O MELHOR PSICOPATA SOBRENATURAL DO CINEMA?



Reservei a madrugada da terça desta semana para ver o "Sexta-Feira 13" de 2009. Azar o meu: o filme, em torno do qual tinha muitas expectativas - o máximo possível em se tratando de um longa da série -, nem é essa Coca-Cola toda. Uma vez que decidiram por ressuscitar pela enésima vez o monstro da máscara de hóquei, que fosse em altíssimo nível. Mas não foi esse o caso...

E se o novo "Sexta-Feira 13" não me agradou, pelo menos serviu para que uma questão emergisse das profundezas de Crystal Lake. Ou do porão mais soturno da Elm Street. Ou ainda, do quarto mais bizarro do Smith's Grove Sanitarium. Pistas para a pergunta que faço no título do post e repito aqui: entre Jason, Freddy Krueger e Michael Myers, qual é o melhor psicopata sobrenatural do cinema?

Arrumei alguns quesitos para responder essa questão. A ideia é destrinchar - opa! - alguns aspectos que compõem os três personagens para termos (ou não) um vencedor. Preparados?


ORIGEM

Dos três, Michael Myers fica fácil com o terceiro lugar nesse quesito - é "apenas" um garoto de seis anos que mata a irmã mais velha e, de lá pra cá, segue exercendo o hábito no Dia das Bruxas. Em compensação, a disputa é um pouquinho mais acirrada entre Jason e Freddy... mas só um pouquinho.

Jason virou Jason após sua mãe ter pensado que o filho, um garoto com problemas mentais e de cabeça disforme, se afogou no acampamento Crystal Lake por negligência dos monitores. Daí, ela saiu matando geral para se vingar. Mal sabia ela que Jason estava vivo... e que a veria ser morta. Dali pra ele pegar o facão e colecionar mortos não foi nada.

Pode ficar melhor? Não sei, mas a de Freddy supera. Ele nasceu do ato bárbaro de 100 presidiários, que estupraram sua mãe, uma freira chamada Amanda Krueger. Espancado pelo pai, humilhado pelos colegas de colégio, ele cresceu e executou várias crianças da vizinhança da Elm Street. Os pais das vítimas acabaram fazendo justiça pelas próprias mãos, juntando Freddy e queimando o homicida... Por isso, é ponto para ele! Placar: Freddy 1 x Jason 0 x Myers 0.


INDUMENTÁRIA E ACESSÓRIOS

O suéter quase-rubro-negro, o chapéu malandrão e, principalmente, a clássica luva cheia de lâminas são bacanas, e Freddy vai bem nesse aspecto. Jason também não decepciona, graças à máscara de hóquei e ao seu facão também. E Michael Myers tem a máscara mais aterrorizante de todas, graças a um detalhe: seus olhos vazios, expressando toda a ausência de sentimentos do desgraçado. Decisão difícil... mas meu voto vai para Jason. Placar: Freddy 1 x Jason 1 x Myers 0.


PERSONALIDADE





Essa é barbada: Freddy! Enquanto Michael Myers é medonhamente inexpressivo - o que acrescenta e muito ao personagem - e Jason se limita a mover sua cabeça quando quer ir além do simples banho de sangue, Freddy é cheio de sarcasmo e demonstra sempre que está despudoradamente se divertindo ao fazer suas vítimas sofrer. E humor negro e personagem de filme de terror foram feitos um para o outro. Placar: Freddy 2 x Jason 1 x Myers 0.


VÍTIMAS FAMOSAS




Michael Myers impõe respeito ao mostrar que, em sua trajetória, perseguiu invariavelmente Jamie Lee Curtis - ou melhor, Laurie Strode. Mas Myers pode se gabar também de ter aterrorizado Tyra Banks ("Halloween: Ressurrection")!

Em Crystal Lake, Jason é o terror do currículo de algumas celebridades do segundo escalão do showbiz, mas das quais pelo menos já se ouviu falar - a mais representativa delas é Corey Feldman ("Goonies", "Lost Boys"). Hummm.

E Freddy? Bom, o crápula de "A Hora do Pesadelo" já aterrorizou celebridades hollywoodianas como a Allison de "Medium", Patricia Arquette - no terceiro filme de sua série - e matou Johnny Depp em seu sonho no primeiro de seus filmes, muito antes de ele também ter suas mãos de tesoura... Placar: Freddy 3 x Jason 1 x Myers 0.


ÍNDICE DE MALDADE
Antes de virarem os monstros que são, Jason e Freddy foram duas crianças atormentadas, vítimas de abusos e dos que o cercavam. Então, é perfeitamente compreensível o fato de ambos terem se voltado para o mal. Mas Michael Myers vai além disso.

O psicopata de Halloween matou sua irmã mais velha quando tinha apenas seis anos, e sem qualquer motivo aparente para isso. Anos mais tarde, seu psiquiatra, Dr. Loomis, o descrevia como alguém "simplesmente mau", tornando-se obcecado por aquele caso único. Ou seja: sem explicações nem justificativas para ser ruim. Ponto para ele. Placar: Freddy 3 x Jason 1 x Myers 1.


INDESTRUTIBILIDADE
Xi, Freddy... Uma vez que o terror de Elm Street só se garante de verdade no mundo dos sonhos, não se pode levar muito a sério sua invulnerabilidade. A insistência em viver é algo que Jason e Michael Myers dominam bem melhor, certo?

Fica difícil dizer quem é mais tinhoso, pois ambos já resistiram a incêndios, tiros, facadas etc... Mas enquanto os produtores da saga "Sexta-Feira 13" confirmam apenas duas mortes de Jason - em "The Final Chapter", o quarto filme, e "The Final Friday", o nono -, Myers só morreu uma única vez. Quer dizer, isso se o incêndio ao fim de "Halloween: Ressurrection" tiver mesmo dado cabo da vida dele... Placar: Freddy 3 x Jason 1 x Myers 2.

RESSURREIÇÕES BIZARRAS

Como Myers é indestrutível e nunca de fato morreu, não podemos falar de ressurreição ao tratar dele. Sendo assim, restam Freddy e Jason. E não tem para o desfigurado homem da mão laminada: Jason já voltou à vida de tudo quanto é forma: com choque debaixo d'água, com um raio e até pelos poderes de uma parapsicóloga (no sétimo)! Por isso... Placar: Freddy 3 x Jason 2 x Myers 2.

***


Só para saber se vocês concordam com o placar favorável a favor de Freddy, a nova enquete do blog é exatamente essa: qual dos três é o melhor psicopata sobrenatural da história do cinema? Cravem seus votos na coluna da direita e deixem seus comentários matadores...

terça-feira, 17 de março de 2009

ABC DO POP!

Vocês já assistiram ao vídeo abaixo? É uma mistura simples e espetacular de animação viral e joguinho ao mesmo tempo lançada pelo jornal inglês The Observer...

Enquanto vocês se divertem, tentem matar quem são as estrelas do pop e do rock de A a Z nele homenageadas:




Pra quem tá achando difícil, dou as respostas:

Abba - Beatles - Christina Aguilera - Darkness - Eminem - Flaming Lips - Guns N'Roses - Har Mar Superstar - Ice T - Jackson Five - Kiss - Led Zeppelin - Missy Elliot - Nirvana - Ozzy Osbourne - Public Enemy - Queen - Red Hot Chili Peppers - Stevie Wonder - T.A.T.U. - U2 - Village People - White Stripes - Xzibit - Yeah Yeah Yeahs - (Frank) Zappa.

Ótima dica do Alerazim!

OLIMPÍADA DE BANCO IMOBILIÁRIO: VOCÊ PENSOU QUE VERIA ISSO UM DIA?



No próximo domingo, São Paulo sediará a primeira etapa brasileira do Campeonato Mundial de Monopoly - o jogo que um dia ficou conhecido por aqui como Banco Imobiliário mas que agora adotou seu nome original. Em jogo, a chance de ir para Las Vegas disputar a finalíssima - que, aí sim, dará ao vencedor a bagatela de US$20.580.

Bizarro é que esse campeonato acontece desde 1973(!), e a final já foi disputada em lugares como Londres, Berlim e até nas Bermudas. Na disputa, gente de todas as idades - de molequinhos espertos a velhinhas sassaricantes:





Eu curto Banco Imobiliário, mas campeonato mundial já é demais pra mim. Agora, se rolasse um campeonato de totó (também conhecido como pebolim, Fla-Flu etc.), eu juro que me inscrevia. E iria arrebentar.

sábado, 14 de março de 2009

"TRUE BLOOD": COMPARAÇÕES ENTRE O LIVRO E A SÉRIE

Juro que não estou na ondinha do slow blogging: o lance é que o trabalho anda exigindo demais de mim. E mesmo em tempos de quase "all work and no play makes Jack a dull boy", uma das coisas que ainda faço questão de manter é a leitura antes de capotar no sono. E "Dead Until Dark", o livro no qual a primeira temporada de "True Blood" foi inspirado, é uma das atrações...

Então, agora que superei a metade de "DaD", pra espanar a poeira do Rodanders, algumas novas comparações entre o livro e a série:

- Na série, Jason Stackhouse chega a ir em cana pela morte de Dawn. No livro ele sequer é interrogado na delegacia;

- Em "Dead After Dark", Jason lida com sua irmã de um jeito mais afetuoso ao receber a notícia da morte de Adele Stackhouse. Já na série, a primeira reação dele é estúpida, culpando Sookie pela morte;

- E, novamente, ressalto: NENHUMA PALAVRA sobre Tara até agora. Como assim?


***

Prometo e vou cumprir: depois dessa semana louca, as coisas hão de se normalizar no blog. Mais e melhores posts!

quarta-feira, 11 de março de 2009

MALDITA INCLUSÃO DIGITAL



E vocês aí, acreditando na morte do Geocities...

terça-feira, 10 de março de 2009

OSCARETA, PARTE 1: "SLUMDOG MILLIONAIRE" E "THE WRESTLER"

Tem gente que corre alucinadamente para ver todos os grandes concorrentes ao Oscar antes da premiação, para poder participar de bolões, dar pitaco sobre os palpites do sempre polêmico (pra dizer o mínimo) Rubens Ewald Filho etc.. Eu não sou (mais) assim, por contingências da vida - entenda-se "trabalho+outras ocupações necessárias=falta de tempo" -, mas nem por isso deixo de assistir aos filmes que por lá se destacaram.

E daí surgiu a ideia de fazer a Oscareta: uma espécie de Oscar torto fora de época. É "torto" porque não vou dar prêmio pra ninguém, só dando as impressões sobre os badalados longas da premiação que conferi. Nos últimos dias, consegui ver dois dos mais badalados concorrentes: "Slumdog Millionaire" ("Quem Quer Ser Um Milionário?") e "The Wrestler" ("O Lutador"). "Slumdog" é bom filme, mas "The Wrestler" chega a ser ótimo. Mais do que isso, só digo abaixo.




Vencedor de oito Oscars, "Slumdog Millionaire" foi tido por muitos como um "filho anglo-indiano de 'Cidade de Deus'". Como eu (ainda) não vi o filme brasileiro, vou sem comparações. A história contada pelo diretor Danny Boyle é legal, mas nada admirável. Bom mesmo, para valer, de verdade, é o roteiro de Simon Beaufoy, adaptado do livro "Q & A".



"Slumdog" é daqueles filmes que valem mais pela forma com que são apresentados do que especialmente sobre o que exibem. O grande barato da história nada mais é do que o mote do roteiro, que repassa a trajetória de Jamal através das perguntas feitas a ele quando participa do "Show do Milhão" indiano. O romance dele e de Latika não me emocionou, e os garotos indianos que interpretam Jamal e Salim são corretos, mas não cativantes; mas o jeito com que a história é contada vale o ingresso. Cravo uma nota 7,5.




"The Wrestler" é melhor. Como é menos badalado que "Slumdog", me permito fazer uma sinopse: é a história da vida de Randy "The Ram" Robinson, ex-astro da luta livre que teve um gostinho da fama nos anos 80 mas que nos dias atuais é um loser em todos os aspectos: suas lutas não atraem mais do que dezenas de pessoas, ganha hoje para pagar o que comeu ontem e sua única família - sua filha, Stephanie - foi abandonada por ele na infância e por isso o odeia.

Do início ao fim, o que se vê é um apanhado de momentos humilhantes na vida de um homem, defendido com perfeição por Mickey Rourke. De fato, Rourke é The Ram, e poderíamos interpretar isso de diversas formas, já que ele conheceu o ringue para valer como ex-boxeador e experimentou momentos de irrelevância na carreira. Em alguns trechos do filme, é capaz de arrancar lágrimas - sobretudo na cena da breve reconciliação com Stephanie (Evan Rachel Wood, irreconhecível) em que ele assume seus erros como pai. Ali, o filme é dilacerador.



Quem faz um peculiar par romântico com ele na trama é Marisa Tomei, mais do que convincente no papel da stripper Cassidy - inclusive no aspecto físico, fazendo muita garotinha escorregar do poste de pole dancing. Na verdade, temos ali um paralelo muito bom, pois tanto Ram quanto Cassidy vivem de ganhar o público; no entanto, ela odeia seu trabalho, enquanto ele tem na luta livre os únicos instantes de vitória de sua vida.

As cenas de combate são muito bem feitas - algumas até desaconselháveis para estômagos mais sensíveis, como a do combate com "O Grampeador" -, mas nada comparável à última, em que Ram deposita sangue, suor e saúde num sacrifício em prol de si mesmo. Tocante até o gongo final. Quer dizer, gongo final, hum... Bem, nota 10 para Rourke e 8,5 para o filme. Se vocês ainda não viram "The Wrestler", confiem na média que não vão ficar desapontados.

***

No mais tardar na próxima semana, a segunda (e última?) parte da Oscareta, com "Milk" e Benjamin Botão!

sexta-feira, 6 de março de 2009

HOJE TEM BEIJOMELIGA ESPECIAL!

Se liguem no flyer não-oficial da bagaça:



Informações importantes:

- ENTRADA FRANCA! Só paga o que consumir!

- A festa começa às 19h30 e termina às 2h30. Ou seja: o esquenta é lá mesmo...

- O Kanthagalo, sabe-se lá por que, não aceita cartões de crédito nem de débito. Por isso, leve dinheiro para os comes e bebes!

No mais, usem roupas leves para fazer seus dances, porque o calor tá bizarro. Estão convocados!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Mc LANCHE STAR WARS E UM APELO AO McDONALD'S



É isso mesmo que vocês veem acima: a nova leva de brinquedos do McLanche Feliz é de bonecos e veículos de Star Wars, versão Clone Wars. Tem de Stormtrooper a Bruno Aleixo Wicket, de Chewbacca a Vader. Quase todos têm uma surpresinha, como o acender de luzes ou movimentos por corda e fricção. Bacana.

Eu acabo de comprar dois, sendo que um McLanche Feliz sequer tampa os buracos de meu dente. Aliás, qual adulto acima de 50kg consegue se satisfazer com um hambúrguer mirrado e seis batatas fritas? Nenhum - e boa parte deles compra os lanches para ter os brindes. Sim, sei que há a opção de se desembolsar R$9 por um brinde, mas é só dar mais R$3 pra se ganhar um lanche infantil - ou melhor, um minicouvert de adulto. E todo mundo opta pela segunda opção.

Não é de hoje mesmo que adultos adoram colecionar os brindes destinados - quer dizer, alguns supostamente destinados - às crianças. E com o imenso apelo que os brinquedos da vez terão junto ao público adulto, não há momento mais propício para fazermos a campanha "McDonald's: façam McLanche Adulto". Tá legal, nem precisava tanto: eles poderiam cobrar mais uns R$3 de quem pedisse uma promoção regular para dar o brinquedo. Afinal, nem dá direito pra se divertir com o presente com a barriga roncando desse jeito...

quarta-feira, 4 de março de 2009

AS FALHAS NA MATRIX

Algumas coisas me assustam nesse mundo. Muitas de um jeito apenas apavorante, mas outras também me despertam uma curiosidade aguda. E acho que, neste segundo grupo, as de maior destaque são aquelas que o amigo Erdna Alerazim definiu como as falhas na Matrix.

Sabe quando você pensa numa música, liga o rádio em seguida e a mesma canção em que você está pensando toca? Ou aqueles inúmeros casos de "você não morre tão cedo", em que a pessoa chega onde você se encontra no exato momento em que estão falando dela? Estes são típicos exemplos de defeitos na Matrix, assim chamados por parecerem insinuar que existe mesmo alguma coisa errada no mundo de mentirinha em que vivemos para ocorrerem coincidências tão absurdas.

Outro dia num almoço, eu, Erdna e outros amigos chegamos à conclusão de que as falhas na Matrix estão cada vez mais frequentes e descaradas - e isso não é de hoje. Comigo, já aconteceu mais de uma vez de pensar/cantar/assobiar uma música, ligar o rádio ou mudar de estação e a mesma tocar. Porém, as duas ocorrências mais espantosas de falha na Matrix vividas por mim põem essas no chinelo.

A primeira é dos idos de 2002, 2003, por conta de uma das músicas da minha banda chamada "Bem-Vindo ao Clube". Estava eu vendo "The Cosby Show" de madrugada e falando com um conhecido no ICQ quando ele me pediu para enviá-lo uma mp3 com a música. Feito isso, no exato instante em que a transferência do arquivo acaba, Bill Cosby fala na TV: "Welcome to the club". Não é para ficar intrigado?

A segunda - e talvez mais bizarra, e a que motivou esse post - aconteceu há 10 dias. Eu fui buscar o pé de um tênis meu cuja sola havia descolado à sapataria, pois o conserto já tinha sido feito. E no instante exato em que a atendente me mostrava o tênis recauchutado, entra uma senhora na loja. Em suas mãos, um tênis cuja sola estava descolando. Era O MESMO MODELO do meu, NA MESMA COR.

Não acreditam? Eu fiz questão de fotografar. Vejam:



O meu é o da direita, claro



Por essas e outras, há tempos fiz um post-it mental para que me programasse para ler "Sincronicidade", livro do Jung batizado com o termo criado pelo psiquiatra, que define a harmonia de eventos sem relação causal. Esse dia ainda não chegou, mas tenho certeza de que, no dia em que entrar na livraria para comprá-lo, verei outra pessoa procurando por ele. Isso se vocês aí não puserem nos comentários que já pensaram em me sugerir que escrevesse sobre as incríveis, fantásticas e extraordinárias coincidências que a vida insiste em promover só para nos sacanear ou para mostrar que, em breve, isso tudo que nos rodeia vai mesmo pro cacete e nós acordaremos num mundo escuro e estranho em que Keanu Reeves é Jesus Cristo.
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