quarta-feira, 30 de abril de 2008

A majestade nua do Weezer

E eu outro dia descobri que o Weezer tá com álbum no forno e já dispôs o primeiro single, "Pork & Beans", disponível no site oficial deles. E aí?

E aí que a música é legal. E só. Fosse qualquer outra bandeca fazendo, muita gente nem iria dar atenção. Mas é o Weezer. O Weeeeeeeeezer. Aí então a coisa muda de figura, a música vira obra-prima, e para alguns um quase-novo-segredo-da-Virgem-Maria.





Bom, seja como músico, seja como ouvinte, eu sempre odiei esse comportamento de se gostar da banda e, conseqüentemente, adorar toda e qualquer coisa que ela faça. Para mim, isso significa simplesmente jogar o critério no lixo, pois o ideal seria o contrário: curtir a música e, assim, gostar do artista. Afinal, o que não é o artista se não o que ele faz?

É. Mas não é assim que a banda toca - sem intenção de trocadilho, juro. Há grupos que atingem um patamar perigosíssimo, uma zona de segurança em que, uma vez que se está nela, seu público compra toda e qualquer música lançada como a grande sensação do momento. Boa parte dos fãs nem se importam com o que estão ouvindo, mas sim com estar ouvindo. Ruim para eles, pior ainda para o grupo-objeto de adoração, que periga adotar uma auto-indulgência que lhes permite fazer o que quiser, já que, sofrível ou não, sua música será venerada - e ai de quem não gostar.

Me lembro da fábula da roupa nova do rei. Resumidamente, é o seguinte: sua Majestade de um reino qualquer resolveu chamar dois tecelões que se proclamavam os melhores já existentes para fazer sua nova roupa, a ser usada em um desfile. Mas os caras eram uns trapaceiros, e fingiam estar trabalhando com o mais fino, resistente, belo e etéreo dos tecidos, quando na verdade, estavam costurando o ar. Com medo de se passar por tolo, o rei - e, por tabela, seus cortesãos - julgaram ser lindo o novo tecido. Pois bem: o rei desfilou com a "roupa", sendo admirado por todos os que lhe cercavam, até que uma criança, em sua inocência, exclamou: "O rei está nu!"; e só então o dito cujo se deu conta do ridículo.

Mas falemos de Weezer. Como disse, "Pork & Beans" é legalzinha - com direito até a uma citação ao produtor Timbaland, no trecho "Timbaland knows the way/ To reach the top of the charts/ Maybe if I Work with him/ I can perfect the art" ("Timbaland sabe o caminho/ Para se atingir o topo das paradas/ Talvez se eu trabalhar com ele/ Eu possa aperfeiçoar esse dom") -, mas não passa disso. E olha que não estou nem comparando com o que a banda já mostrou ser capaz de produzir... e é aí que está o problema.

O lance é que, em se tratando do Weezer, as pessoas ouvem o novo saudando o velho. Em outras palavras, "Pork & Beans" não será venerada pelos fãs da banda por conta de "Pork & Beans", mas sim pelo passado do grupo, brilhantemente construído tanto no disco de estréia da banda - o epônimo e famoso "álbum azul" - como no menos ensolarado e ótimo "Pinkerton".

Falem o que quiser, mas para mim, desde "Maladroit", o Weezer é uma banda que se aplaude pelo que fez ontem, não pelo que faz hoje. Hoje, Rivers Cuomo e seus companheiros são como o roqueiro velho que, apesar da voz falha e dos tropeços, a gente saúda por conta do histórico da obra. Que nem se faz com os Romários da vida, sabe?

Tomara que um dia eu volte a aplaudir o Weezer pelo novo. Assim, me sinto mais justo comigo mesmo. Mas ao ouvir "Pork & Beans", não adianta: por mais que ainda esfregue os olhos, vejo que a majestade ainda precisa de roupas.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Eles são Bondies. The Von Bondies.

Piada infame à parte, a banda é boa - e talvez alguns de vocês já tenham ouvido essa aqui, "C'Mon C'Mon", tema de abertura da série "Rescue Me":





Bom, mas quero falar de novidade do grupo de Michigan: o ep "We Are Kamikazes Aiming Straight For Your Heart". As quatro músicas do disquinho já estão no MySpace da banda e é aquilo: rock sem qualquer pretensão, mas altamente divertido. Sem aquela banca de próximos salvadores do rock - aliás, tem coisa mais sacal do que esse papo de salvar o rock? -, o quarteto apenas faz música boa, pra ouvir berrando nas caixas de som, phones de iPods e nas melhores festas do gênero.

Siga a ordem proposta pelos caras no site e não deixe de conferir não - sobretudo "Pale Bride" e "I Don't Wanna", as mais legais. I don't caaaare anymore...

DÓI DE TÃO CRIATIVO

As mulheres já sabem disso, mas é fato que, quando o assunto é dor, nós homens somos bem maricas fracos - pelo menos a grande maioria.

Pensando assim, a agência DDB pôs um travesti para estrelar o comercial que produziu para o novo depilador da Philips. É isso mesmo: a estrela do anúncio do Philips Satinelle Ice Epilator é Karis, travesti e dançarino(a) de Los Angeles.

Ao longo do vídeo, Karis posa para fotos, cuida do corpo, fala de sua descoberta como homossexual, dança... E o comercial se encerra com as seguintes frases: "Como todos os homens, ele não agüenta muita dor. Por isso, ele usa o Philips Satinelle Ice Epilator". Assista:





Sobre o comercial, Neil Dawson, diretor de publicidade da Philips, declarou que o teste final para provar que o aparelho deixa as pernas bonitas com pouca dor seria vê-lo sendo usado por um travesti, segundo notinha do Blue Bus. E Dawson está certo. E essa é mais uma típica idéia de comercial que me dá raiva de não tê-la tido antes.

Adoráveis novos loucos

Tá com visto para os EUA em dia, alguma grana sobrando, passaporte certinho? Então talvez a boa seja dar um pulo em Cambridge, cidade do estado de Massachussets, EUA, onde rola nesta sexta e sábado a ROFLCon.

A ROFLCon é um evento que reúne em painéis, debates e happenings pessoas que criam ações famosas e amplamente disseminadas na internet, agitadores culturais da web, estrelas do YouTube, criadores de flash mobs etc.. Em suma, bombas ambulantes de boas e contagiosas idéias online. Gente como The Brothers Chaps, criadores do Homestar Runner, o viajante dançarino Matt Harding (do "Where the Hell is Matt")... e Ji Lee, o cara de barba postiça de profeta da foto aí abaixo.





Publicitário, Lee investiu US$2 mil no que batizou de Bubble Project, uma campanha que transformou cartazes publicitários em histórias em quadrinhos através da colagem de balões em branco ao lado da carinha dos modelos dos pôsteres, dando aos pedestres a chance de escrever diálogos e falas para eles - algo tão ilegal quanto divertido.

"Era frustrante ver aqueles anúncios tomarem a cidade, então quis fazer algo sobre aquilo, como pessoa criativa e consumidor", justificou ao site da Wired.

O Bubble Project também foi parar na internet, com balões aplicados a fotos de celebridades. Óbvio que a inusitada iniciativa de Ji Lee foi sucesso. "O projeto agora tem vida própria. Pessoas em outros países desenvolveram seus próprios Bubble Projects. Tem na Itália, Argentina, França", contou.

O inquieto Lee já tem uma nova carta na manga: "Estou desenvolvendo um novo projeto de 'seqüestro de mídia', mas não posso falar nada sobre ele", afirmou. Quem sabe a figura não abre o jogo na ROFLCon?

Se pudesse, eu iria.


PERGUNTA DO DIA







O nome da calça jeans é "The Beauty and the Geek", do estilista holandês Erik De Nijs. Além do teclado no colo, ainda vem com mouse no bolso de trás e caixas de som acopladas na altura do joelho.

E aí vem a pergunta, olhando para o monitor da verdade: você usaria?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Pequena máquina de fazer grandes clipes

Ah, a Björk. Chamem a pequena islandesa do que quiser - de musa esquimó a neo-Yoko Ono -, o lance é que ela nunca passa despercebida. E boa parte de toda a atenção que recebe é por conta de clipes como "Wunderlust", do novo single da cantora. Feito pela produtora de San Francisco Encyclopedia Pictura, o vídeo demorou nada menos do que nove meses para ficar pronto e sua realização envolveu uma equipe de 150 profissionais. Justificável: "Wunderlust" foi todo filmado em 3-D.

Aqui você vê o resultado final - quer dizer, você mesmo, porque eu não consegui rodar a página da Wired por aqui. E não esqueça de clicar e aprender a fazer os óculos bicolores para apreciar o vídeo.

Agora, se só a versão 2D é capaz de te contentar, faz mal não: Clique abaixo, enlouqueça com a viagem de pouco mais de sete minutos da pequena notável e me diga se valeu a pena a trabalheira ou não....




Eu digo: obra de arte. E em pensar que perdi o show dela no ano passado no Tim Festival por conta do trabalho...



É BACANA SER QUADRADO. OU MELHOR, CUBO

Impressionante como são extorsivos os preços de Toy Art aqui no Brasil. Um simpático Dunny da KidRobot que em Los Angeles custa uns US$7, por aqui não sai por menos de R$60. Mas, felizmente, não é por falta de grana que você vai ficar sem um boneco bacana para decorar sua casa ou escritório.





O Cubeecraft.com é um site que oferece a oportunidade de se ter vários bonecos de Toy Art de graça. Basta escolher o seu modelo, imprimir em um papel grosso, montar e colocar a criatura onde quiser. O Stormtrooper, o Stay Puft (o Homem de Marshmallow dos "Caça-Fantasmas") e o Mario são apenas três das opções oferecidas - todos nesse estilão cúbico. E vale assinar o rss do site, pois os caras disponibilizam novos modelos a cada semana. Pela democratização da toy art!



ISSO É QUE É SHOWMÍCIO

Outra da Wired: nos dias 1º e 2 de maio acontecerão dois shows na Carolina do Norte como parte da campanha de Barack Obama à presidência dos EUA. Os artistas? As bandas Arcade Fire - que é canadense - e Superchunk. Entrada franca.

Tá cada vez mais fácil votar no cara...


LISTCHINHA

E por falar no Superchunk, chegou a hora e a vez da primeira lista do TERodando: Top 5 baixistas estilosas!

Vamos lá:

1º) Carol Kaye - Ela era ninguém menos do que a baixista do Wrecking Crew, o conjunto que gravava as produções de Phil Spector. Mais tarde, Carol também tocou nas sessões de gravação dos Beach Boys, e é uma referência do instrumento até hoje.

2º) Kim Deal - Pixies e Breeders. Preciso falar mais?

3º) Melissa Auf Der Maur - Que Courtney Love que nada: ela era a mais charmosa do Hole! E ainda tocou no Smashing Pumpkins pouco antes de Billy Corgan fechar a lojinha.

4º) D'Arcy - Da formação clássica dos Pumpkins, a gélida loira tinha uma presença impressionante nos palcos e, sobretudo, nos clipes.

5º) Kim Gordon - Voz marcante, figura notável, pegada forte. Sonic Youth!


Sinta-se convidado a fazer seu ranking também, não só nesta como nas próximas listas do blog. É divertido e indolor.


YES, NÓS TEMOS TWITTER!


A quem interessar possa (e eu espero que seja bastante gente): www.twitter.com/tudoestarodando. As atualizações do blog em primeira mão + um ou outro comentário feito diretamente de algum show ou evento. Vai perder?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Todo mundo nu... no YouTube

Essa é a premissa da campanha "Naked Vlog", lançada por um tal chris3ff no vídeo abaixo:





Pois é: tudo em nome da liberdade de fazer um videoblog (vlog) peladão, sem medo de ser feliz... Para aderir ao movimento nudista/voyeur online - lançado em 6 de abril -, é preciso:

1º) Fazer um vlog do jeito que veio ao mundo - mas sem mostrar o que fica dentro de cuecas, calcinhas e sutiãs - e falando do assunto que quiser;

2º) Convidar na gravação outras três pessoas - de preferência, usuários do YouTube - a fazer o mesmo;

3º) Uploadear o vídeo no site.


Não é nada, não é nada, uma busca por "Naked Vlog" no YouTube rende 989 ocorrências até o momento e o filminho do Chris já foi assistido mais de 686 mil vezes.

Quem topa? Eu passo - mas quero ver até onde isso vai parar.



NEM JENNY, NEM JAN

Uma dica para animar qualquer pista de dança: "320" é a música sensacional de Project Jenny, Project Jan, presente no disco "XOXOXOXOXO". Detalhe: o projeto musical é obra de dois caras de Nova York - e, obviamente, nenhum deles se chama Jenny ou Jan.

Cheguem o tapete para lá, aumentem o volume e remexam:






PERGUNTAR NÃO OFENDE...

O que leva um padre a querer voar preso a mil balões coloridos e ainda achar que isso vai dar certo?

sábado, 19 de abril de 2008

Constatações noturnas

Nada como uma festa para eu ver que:

- Se já achava pouca, agora não vejo mais um pingo de graça de nenhum funk engraçadinho. Sacam fórmula desgastada? Então;

- Uma música TVZ (ex: Justin, Britney, Beyoncé etc.) na pista de dança pode ser divertido. Duas, ok, vá lá. Mas três pra cima é um porre. Como diria o filósofo existencialista Morrissey, hang the DJ, hang the DJ, hang the DJ;

- Ficar sem beber - não, não é promessa, não, eu não estou no AA e não, não vai ser assim para sempre - é chato, mas ficar 100% sóbrio e ver seus amigos bêbados é bem divertido;

- Eu realmente preciso que as mulheres que me lêem me respondam de coração:




Vocês realmente acham esse troço bonito?

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ridiculamente contagiante




1º) Visitem http://www.ferryhalim.com/orisinal;

2º) Na segunda linha horizontal de quadradinhos, cliquem no segundo, da esquerda para a direita, com a imagem de um peixe gordo amarelo;

3º) Viciem-se. É fácil assim.



Segundos de sabedoria




Romário, ao comentar no RJTV sobre sua paixão pelo Rio: "O povo carioca, com toda a sua passividade, é algo que me emociona".

Pano rápido.


Eu prometo!



Mais tarde vou dar uma guaribada aqui no Rodando. O que acham de rolar Twitter do blog? É uma possibilidade...

segunda-feira, 14 de abril de 2008

WEEKEND UPDATE



Enquanto o Rio de Janeiro ferve em mais uma madrugada de calor estúpido, passo em revista os dois destaques do fim de semana:


- The Office: Dinner Party

O episódio foi ao ar nos EUA na quinta-feira passada, mas só conferi a volta de "The Office" à TV americana no sábado mesmo. E estava morrendo de saudade de me sentir constrangido com os absurdos de Michael Scott! O jantar na casa dele (e da cara-metade-sem-noção Jan) foi trágico para Jim, Pam e hilariante para quem estava do lado de cá da tela.

Melhores momentos? A descoberta da câmera em frente à cama do casal - "Pensei que você fosse arrumar o quarto, Michael!" - e a discussão entre ele e a loira que culminou na sensacional declaração de que Michael Scott fez vasectomia, reverteu a cirurgia para voltar a fazer novamente.



"Você não sabe o sacrifício físico que é uma pessoa só fazer três vasectomias!"


Não adianta: nenhuma série faz o humor andar de braço dado com a vergonha alheia tão bem quanto "The Office".


- "Um Beijo Roubado" ("My Blueberry Nights")

Depois do belo-porém-sonífero "2046", lá fui eu ver como Wong Kar Wai se daria em uma produção hollywoodiana. E até que ele me saiu melhor do que a encomenda. "Um Beijo Roubado" é correto e agradável, e nem o recurso "só-eu-usava-o-botão-frame-advance-do-videocassete" tão amado pelo diretor incomodou, mas ainda assim há algo irritante no filme, e ele tem nome e sobrenome: Norah Jones.





Sua atuação na pele da protagonista Elizabeth/Lizzie beira o sofrível e erra em tudo: além de amadora, tira qualquer empatia que o personagem possa ter e não pega nem empurrando - e olha que Jude Law, Rachel Weisz e, sobretudo, o ótimo David Straithaim (como o policial decadente Arnie) suam para isso. Não dá. E com isso, a historinha singela de duas pessoas que procuram entender suas vidas amorosas por trás de um balcão de bar e que se descobrem cada vez mais próximas apesar da distância sofre uma avaria considerável. Nunca poderia ter sido ótimo, mas poderia ser bem bom; e com Norah fica... legal. E só.

Sem uma boa atriz para extrair o melhor da personagem principal, o filme acaba se segurando nos clientes da garçonete Lizzie - aliás, a morena fica bem menos pior quando é ela que anota os pedidos em vez de fazê-los. E, como já dei a pista acima, a de Arnie é a melhor. O romance imaginário e o círculo loser da vida do policial tem seu charme; mas nada de fato excelente.

No mais, ainda tem uma Natalie Portman vivendo uma jogadora inveterada com um background mais batido do que especial do Roberto Carlos no fim de ano: a menina rica que ama/odeia o pai. E o pior: ainda deram uma embarangada na garota. Putz.

Depois de tanta porrada, fica difícil eu dizer que o filme é bacaninha, mas é. Sobretudo se você não for esperando nada, se prestar atenção na ótima trilha sonora (exceto nos momentos Norah Jones que - óbvio - todos sabíamos que aconteceriam), se tiver visto antes o devagar, quase parando "2046", e se relevar aquele incômodo detalhe que é a atuação da moça.

Hollywood fez bem a Wong Kar Wai. Norah fez mal a Hollywood. Que volte para as FMs de velho e pros consultórios de dentista.


QUE VENHA



Depois que o Flamengo superou a missão de conseguir um empate em Cuzco com o Cienciano - e conseguiu três pontos em vez de um só -, saiu da Taça Rio com uma derrota para o Botafogo. Sem problemas, sequer lágrimas, porque não somos disso. Assim, que venha o outro finalista. E não escondo que quero que enfrentemos o Fluminense. É o único jeito de termos uma final da forma que deve ser: dois times com chance de título. O resto, para o Fla, é amistoso.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

VOLTO DJÁ



Tirem as crianças da sala (e sentem no sofá): Walter Mercado irá voltar à TV!

O excêntrico bizarro astrólogo porto-riquenho será consultor astrológico de um reality show do VH1 americano chamado "Viva Hollywood", que irá buscar o novo astro ou estrela de telenovela. Já imaginaram quantas vezes Walter irá dizer "Biba Hollywood"...?

Sei que vocês lembram do "Ligue djá", do "BibaBrassil"... Agora, vocês lembram da cara da figura? Então, testem a memória apontando o verdadeiro Walter Mercado no painel abaixo:




A resposta certa é: TODAS AS ACIMA. Alguém discorda?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Quando para trás e para os lados significa para a frente



Hoje estava ouvindo a rádio-que-ouço-todo-santo-dia quando rolou uma música dos Bees. Na hora foi o lembrete que precisava para escrever um post-it mental: "Falar dos Bees no Rodando". Então, vamos lá...

Na verdade, o que há de mais legal a se falar é que a banda britânica (que se chama A Band of Bees nos EUA, porque lá já tinha um outro The Bees) faz um rock retrô com um pé nas bandas antigas de rock da terra da rainha - entenda-se Kinks, Stones e congêneres - e outro na velha e boa soul music.

E como não bastasse tais inspirações nas canções, o mais bacana é que, ao ouvir a música dos caras, parece mesmo que você está escutando algo antigo. Essa sonoridade está presente no álbum deles que me conquistou, o "Sunshine Hit Me", e, pelo que já pude ouvir fora deste disco, a onda continua a mesma. E detalhe: os caras surgiram fazendo isso antes da conterrânea Amy Winehouse pegar o mesmo caminho e ganhar fama e fortuna com isso.

Para arrebanhar vocês para o séquito de admiradores dos Bees, tenho certeza, basto sugerir a audição de Chicken Payback. Querem ver? Então, caprichem no play:





Pronto: agora, façam um favor a vocês mesmos e corram atrás de "Sunshine Hit Me" para comprovar que o disco todo mantém o nível.


Outra descoberta minha por conta da Woxy foi o MGMT. E, de cara, o duo de Ben Goldwasser e Andrew Van Wyngarden me soou como um elo perdido daqueles dos bons entre o eletrônico e o rock, sem que isso possa soar com pinta de falcatrua, por favor. São sintetizadores com temas carregados de um certo potencial grandiloqüente, guitarras oportunas, melodias legais e um casamento de vozes que de cara me remeteu a Wayne Coyne, o entusiasmado líder dos ótimos Flaming Lips.

Fuxicando um pouco mais na rede, achei o site deles no MySpace, página divertidamente ensandecida, com aquele visual colagem-feita-por-criança-chapada, uma tendência entre novas bandas e artistas, sobretudo os que têm aquela pinta de que vão baixar no Tim Festival - daqui a pouco falo disso, inclusive - e uns vídeos com os caras tocando como se estivessem saindo de fossem de uma academia dos anos 80 ou do setor de figurino de uma companhia tosca de teatro.

E lá fui eu atrás do disco dos caras, lógico. É deste ano e se chama "Oracular Spetacular". A música que ouvi na rádio foi "Kids", mas foi a triunfal "Time to Pretend", a faixa que abre o disco, que me ganhou de vez.

Para os que amam brincar de pescaria de referências, o som do MGMT é mesmo um achado. Alan Parsons Project ("Time to Pretend"), Kraftwerk, The Go!Team e Beck ("Electric Feel"), Polyphonic Spree, Of Montreal, Supergrass fase "Road to Rouen" ("Of Moons, Birds and Monsters"), T-Rex, Mick Jagger nos 60s (a voz de "The Youth"), além dos já citados Bowie e Flaming Lips - estes então, despejados em altas doses ao longo do álbum... Olha, é coisa para cacete a influenciar Goldwasser e Van Wyngarden. Eu achei outras influências ainda, vocês vão achar mais ainda...

Brincando de profeta, acho que esses caras desde já são candidatíssimos ao Tim Festival 2008; e, caso se confirmem, eles podem contar com a minha presença. Acho que poderão ter a de vocês também, que merecem ouvir "Time to Pretend" em clipe e ao vivo no David Letterman. Ponham suas roupas de astronautas e flutuem:








Melhor ainda é saber que o disco todo tem esse ar de novidade, de não nos deixar saber o que se vai experimentar a seguir, restando apenas a certeza de que será algo bom. Enfim, "Oracular Spetacular" tem a pompa e circunstância de um disco de gente que se mete a fazer algo novo e bom e consegue. Sem fingimentos.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O dono da galáxia muito, muito distante



Eu adorava meus bonecos de Comandos em Ação, o meu Indiana Jones e, uns 18 anos depois, ainda curto muito toy art. Mas isso aqui já é obsessão.





Os bonequinhos acima ilustram a página "Star Wars Collection", de um cara chamado Josh Budich - outra boa dica da Tati. Cada um dos desenhos corresponde a um dos bonecos de "Guerra nas Estrelas" do sujeito. É bizarro: Josh tem mais de 600 miniaturas de "Star Wars". Uma parte de mim sente pena, mas a outra sente inveja. Sou fã de Star Wars, ma non troppo.

A parte da pena, devo dizer, é maior. É verdade. E o site de Josh fez minha companheira de trabalho Carol observar: "Esse cara é igual ao 'virgem de 40 anos'", em referência ao personagem de Steve Carell no cinema. Segundo Carol, há uma cena em que, ao convidar uma mulher para a sua casa, o personagem de Steve recebe o conselho dos amigos para retirar seus bonequinhos de lá.

Ele atende, a mulher chega e estranha o apartamento... vazio. "É que eu estou reformando o carpete", diz o cara.

Mais um bom motivo para tapar a lacuna e ver "O Virgem de 40 Anos". Steve Carrell arrebenta. "Star Wars" também, mas não é pra tanto, como o próprio reconhece, se considerando um tanto quanto maluquinho.

E em pensar que, segundo o relato de Josh Budich, tudo começou com um bonequinho do Anakin Skywalker. Tinha que ser o Darth Vader mesmo!

Adrenalina em doses cavalares



Quando era moleque e ia em parques de diversão, eu era daqueles que se borravam de medo pra entrar em uma montanha-russa, curtiam pra cacete o passeio - após a primeira queda - e já saíam querendo voltar.

Dizem que, mais velho, você vai ficando mais medroso. Eu nem sei se isso é verdade mas, em outubro do ano passado, eu simplesmente não procurei meditar sobre essas coisas em nenhuma das 12 filas em que me meti no Six Flags Magic Mountain, parque de Los Angeles especializado em montanhas-russas.

Eu andei em montanhas-russas de tudo quanto é tipo: da que não faz looping, mas em compensação tem uma queda de mais de 77 metros, adequadamente chamada de Goliath (Golias) a uma que tinha cinco loopings, a Viper, passando pela Superman:The Escape e sua incrível capacidade de chegar a 160km/h em 10 segundos.

De novo: 12 montanhas-russas, com destaque para Riddler's Revenge, em que você desce de pé, amparado por uma muretinha nas suas costas, e a mais incrível, Tatsu, em que, após você se sentar no carrinho, ele vira 90° para baixo, te deixando de cara para o chão antes mesmo da partida. Enfim, um tremendo teste cardíaco. Confiram abaixo a dita cuja:





Eu sei que, meses depois e ainda não refeito da adrenalina absurda que circulou em meu corpo nas cinco horas em que passei no Six Flags, dou de cara com a Stratosphere Tower, preciosidade de Las Vegas, idéia de gênio: um parque de diversões localizado no alto de um arranha-céu.

Vejam isso e isso e entendam por que eu me darei mais esse check-up no dia em que pisar em Las Vegas. A Área 51, o casamento-relâmpago e as jogatinas podem esperar.



Novo (e bendito) vício



Tirando o exercido contra a axé music, o sertanejo-prendi-meu-saco-no-gavetão e o pagode-mauricinho, o preconceito é mesmo uma grande titica. A nova prova de que tive disso foi ao jogar "The Legend of Zelda - Twilight Princess", minha nova aquisição para o Wii.

Adoro a Nintendo, sempre curti Mario e cia. e os jogos da série Metal Gear, mas os games daquele misto de Peter Pan, Senhor Spock e herói de animê que atende pelo nome de Link não me desciam sem mesmo eu jogar um segundo deles. Implicância gratuita mesmo. Mas então a gente acabou comprando aqui pra casa e aí...

E aí ferrou. Acabei de largar o jogo depois de 3h seguidas de tentar tirar o Link (o tal herói) de enrascadas - ou de me meter nelas, depende de quem vê. Não sei quanto aos demais, mas "Twilight Princess" é bom pra cacete mesmo.

O game é tão divertido e viciante que, se minha força de vontade der certo, vou continuar afastado dos futuros títulos da série, com medo de afundar no sofá e morrer igual aqueles moleques coreanos em lan house.

Brincadeira, desse mal eu não padeço. Mas que o troço é bom, é.

sábado, 5 de abril de 2008

O estranho na rede e a preguiça no sofá

Quem não tem um fascínio pelo esquisito, curioso e diferente? Todo mundo, penso. E é para esses que existe o Curiobot.





A proposta do site é simplesmente reunir todos os produtos mais incomuns à venda na internet, seja em lojas online ou nos eBays da vida. Muitos dos produtos têm um pé no kitsch. Outros são apenas freak mesmo, como a cueca para duas pessoas, à direita na foto acima.

Claro que não podiam faltar os links indicando onde encontrar os tais produtos, para a alegria dos consumistas e dos que adoram marcar presença através de presentes chamativos - para bem ou para mal. E a dica é da Tati.


* * *


E a boa do sábado à noite para os que vão trabalhar no domingo é: meia no pé, edredonzinho, boa companhia e filme/série no DVD. Ontem mesmo vi um - "Sicko", do Michael Moore -, mas depois falo dele.


* * *

Boa trilha no começo da noite de sábado. Woxy pegando leve, com músicas gostosas e tranqüilonas como preguiça no sofá em um dia frio. "Hard to Tell You", do Dirty on Purpose, simboliza bem isso. E qual o tema do sábado à noitinha de vocês?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Rápidas (?) como quem rouba

Sexta-feira à noite e por isso mesmo não há tempo a perder. Por isso vamos às últimas:


- Ontem de madrugada passou na Globo um daqueles filmes que, uma vez que você começa a ver, ferrou, não larga mais, mesmo sendo dublado: "Psicopata Americano" ("American Psycho", 2000).

"Psicopata Americano" é um retrato macabro de Patrick Bateman (Christian Bale), um típico yuppie de Wall Street nos anos 80. Dentro daquele terninho Armani bem cortado, por baixo daquele gel no cabelo esconde-se um homem doente que maquina as maiores atrocidades. E, obviamente, ninguém diz que ele é um monstro, mesmo com as evidências quicando na cara de todo mundo.

A grande sacada do filme de Mary Harron (que já trabalhou em séries como "Big Love" e "Six Feet Under") é mostrar o ambiente mentalmente insalubre do mundo dos negócios através de suas superficialidades. Em vez de negociatas e demissões, a obsessão dos caras com o creme esfoliante e a máscara de gel; e no lugar de disputas por cargos de salários astronômicos, a porradaria é para saber quem consegue reservas no restaurante mais caro ou mesmo quem tem o cartão profissional mais bonito. Obsessões fúteis em inúmeros detalhes - e, vocês sabem, os detalhes dizem tudo. Assistam só à melhor cena do filme:





Não sei no resto do Brasil, mas aqui no Rio tá pintando um fim de semana bom para ficar debaixo do edredon vendo filmes que mereçam - como "Psicopata Americano". Para quem quer, ainda que à distância, ficar com medo do ser humano, vale muito.


- Vamos pegar mais leve... Ontem falei de MTV e, mesmo ciente da monstruosidade teen-panaca em que se transformou, resolvi dar uma nova chance ao canal. É quase assistível de madrugada, lembrando um pouquinho os bons tempos de Lab. Os clipes continuam interessantes; o que mata é aquela coqueluche idiota da mensagem de texto na TV. Enfim, em tempos de YouTube e de Woxy, passo.

E mais uma coisa, lembrando o tempo em que muitas de minhas madrugadas eram embaladas pelo canal: tem algo que dê mais raiva do que você estar ouvindo uma música boa e desconhecida mas não estar perto da TV e simplesmente chegar na hora em que os créditos da música acabam de sumir, sem dar tempo de você saber o que era ou quem estava tocando?

Putz. Acontecia sempre comigo - e ontem não foi diferente.


- Tá rolando boato de Amy Winehouse no Tim Festival. Será? Eu acho meio difícil mas, ao contrário do Radiohead, que é "anunciado" todo bendito ano -, pela Amy não dá para esperar muito. Afinal, é um espanto diário ver os noticiários ou ler jornais e/ou sites de notícia e descobrir que ela ainda não morreu.

Eles que o digam.


- E por falar em YouTube, e por falar em música boa, e por falar em Tim Festival, eis aí uma boa pedida (ou seria aposta?) para a edição 2008: The Ting Tings, duo inglês que lançou um arrasa-quarteirão, enche-pista chamada "Great DJ". Puxem a mesa pro canto, saiam da frente do monitor e apertem o play aí embaixo:





- E para me despedir, Pitty grávida de baterista do NX Zero. Pobres vizinhos do casal. Essa criança vai chorar muito...

O último a chegar que apague a luz

Pois é. Eu, que já trabalho aqui e que já comando aqui, agora estou por essas bandas também. Para falar de outras coisas que passam na minha cabeça, no meu som, no meu mp3 player imaginário, nos meus YouTubes, MySpaces, na minha cabeceira e antes daquele desgraçado chegar com a conta quilométrica de 815 chopes.

É. Eu sou mesmo o maluco que trabalha no McDonald's e ainda consegue almoçar Big Mac.

E vocês acharam que iriam se ver livres de mim quando aquela série acabasse, hein? Nada disso: vão ter que me engolir - e com muito mais de 13 letras!


* * *

Post feito ao som de The Rapture - Whoo! Alright - Yeah... Uh Huh!, rolando na madrugada da MTV. Sem dúvida um bom sinal.





Enfim, sejam bem-vindos e não deixem de reparar na bagunça. Sempre!
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