terça-feira, 30 de dezembro de 2008

RETROSPECTIVA TUDO ESTÁ RODANDO: O QUE ROLOU DE MELHOR EM (MEU) 2008

Tudo bem que o jogo só acaba mesmo quando termina, mas vamos admitir: essas pouco mais de 30 horas que nos separam de 2009 são meramente protocolares. Não é que o novo ano já tenha começado, mas é o atual que já foi pro saco...

Por isso, é chegada a hora da retrospectiva - a primeira! - do blog. Hora de repassar o que mais gostei no ano em seus diversos aspectos. Aviso logo que é post longo, mas se for o caso, basta ler o que as áreas de interesse.

E um convite final: os que têm blogs e tiverem feito retrospectivas, por favor ponham os links nos comentários; e os que não fizeram o seu balanço em lugar nenhum, que usem o espaço de lá de baixo para isso. Vai ser divertido, vocês vão ver!

Então, para encorajar geral, lá vou eu:


DISCOS

Uma das resoluções cumpridas neste ano foi a de me reaproximar das novidades musicais, das quais andei um pouco afastado no anterior. E 2008 me foi bem grato, me dando a chance de conferir ótimos lançamentos...

Dentre todos, talvez o melhor seja mesmo "Oracular Spetacular", do MGMT. Como eu disse num post à época do lançamento do disco, me soou novo como há muito não ouvia nada soar - e novo bom, diga-se. Por sorte, eles ainda vieram para o Rio e fizeram um show interessante num Tim Festival que não foi lá essa coca-cola toda... Bom, disso falo depois.

Curioso que, para mim, 2008 foi também um ano em que me aproximei bastante do que costumam chamar de electrorock - em outras palavras, rock misturado com música eletrônica (basicamente electro) a ponto de não se saber onde começa um e termina o outro. E foi nessa que esbarrei com outros ótimos discos, como os epônimos do Crystal Castles e do Black Ghosts. Se a sua é sacudir, corra atrás dos dois...

Na reta final do ano, conheci um disco que, a exemplo do "Oracular Spetacular" mereceu um parágrafo à parte: "Fantasy Black Channel", de uma banda inglesa chamada Late of The Pier. Eles também sabem fazer dançar, bebem no nonsensezinho que alimenta grupos como o adorável Of Montreal e acertaram em cheio neste debùt. Se for para apostar, digo que é um nome desde já cogitável pro Tim Festival 2009. Se eles vierem, lá estarei!

Ah, e deixo três menções honrosas: para "Dear Science", do TV on the Radio, surpreendentemente dançante; "Diamond Hoo Ha", retorno do Supergrass ao rock setentista após o introspectivo "Road to Rouen"; e o arriscado e bacana "Intimacy", do Bloc Party.


SINGLES

Como teve coisa boa em 2009. Mais uma vez, repito: meu foco esteve sobretudo nas pistas. E dancei ao som de músicas bacaníssimas. Dentre elas, destaco "Great DJ", dos Ting Tings, a animadona "Funplex", dos B-52's - bem-vindos de volta! -, e as espetaculares versões dos caras do The Twelves para "Boys", da M.I.A., e "I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You", dos Black Kids.

Porém, foram outras duas que disputaram pau a pau o título de melhor do ano: "American Boy", parceria afinadíssima de Estelle e de Kanye West; e "My Drive Thru", traquinagem do ensemble N.E.R.D.+Santogold+Julian Casablancas. Confesso que, na disputa por mim bancada, a decisão só veio no photochart - e melhor para a primeira. Aonde tocou, "American Boy" pôs patricinhas, indies e quem mais a ouvisse pra suar com classe, provando que isso é possível. Troféu Delícia Cremosa pra ela!


SHOWS

Tudo bem que não consigo chamar 2008 de espetacular em matéria de shows - 2009 nem começou e já vem promissor, com Radiohead, Kraftwerk e B-52's -, mas também não dá para avacalhar. Porém, começo relembrando de uma decepção: Interpol. Não por conta deles, mas sim pela tenebrosa infra-estrutura - posso chamar assim? - que a Fundição "Progresso" (aspas necessárias) proveu à banda. Precisam voltar, e pra tocar num lugar melhor, mas fica difícil saber se vão querer...





Deixando aquele inesquecível fiasco de lado, passo para os highlights. Gastei sola com Justice no Circo Voador, curti o Muse, matei a vontade de Breeders no Planeta Terra, testemunhei a volta de Jesus & Mary Chain... Mas nada me impressionou tanto quanto os Kaiser Chiefs, que tocaram como se estivessem na final de um campeonato de futebol. Sangue nos olhos, faca na boca e refrões para gritar cantando, ou cantar gritando. Golaço que ofuscou o Bloc Party - mas Kele Okereke e cia., ao que consta, se vingaram no Circo Voador dias depois, fazendo o show imperdível de 2008 que eu... perdi. Acontece.

Falando ainda de Planeta Terra, o festival deu uma surra no Tim em termos de estrutura, escalação e etcéteras. E olha que o TimFa teve Neon Neon, Klaxons - os melhores do evento -, o figuraça Har Mar Superstar e o já citado MGMT, ainda que prejudicado e muito por falhas no som. Se repetir os micos de 2008, o fantasma do (sempre excelente) Free Jazz vai puxar o pé da organização... E, puxando a brasa para a minha sardinha, que o Terra pegue a Dutra em 2009!


CINEMA





Dentre várias coisas assistidas - e outras boicotadas, certo, Bond? -, sobraram na turma o soberbo "Rebobine, Por Favor" ("Be Kind, Rewind"), bela homenagem de Michel Gondry ao cinema, e "O Menino do Pijama Listrado", de Mark Herman, doce e incisivo olhar de duas crianças sobre a tragédia do Holocausto. Bonequinho aplaudindo de pé.

Não dá para deixar de fora o impressionante "Ensaio Sobre a Cegueira", adaptação do Fernando Meirelles para o livro de José Saramago. Eu (ainda) não li o livro, mas quem leu disse que ficou excelente - incluindo o próprio Saramago, que chegou a chorar ao ver o longa. Lágrimas justificadíssimas.

Agora, a pipoca. Se "Cloverfield" divertiu com sua versão Godzilla de "A Bruxa de Blair", a volta de Indiana Jones em "Indy e o Reino da Caveira de Cristal" dividiu muitas opiniões. A minha? Um retorno dos bons, mesclando elementos indispensáveis a um bom filme chapéu-e-chicote (mentiras a rodo, arqueologia fantástica), referências aos três longas anteriores e, claro, piadas sobre a idade já avançadinha de um de meus heróis favoritos de infância. Digno e divertido para cacete!


LIVROS

Se tem uma coisa que geralmente não consigo acompanhar no ano em que saem são os livros. É que tem tanta coisa passada que ainda não pude ler - como o supracitado "Ensaio Sobre a Cegueira", que não me escapa em 2009 - que eu acabo não me pautando pelos cadernos de livros. Por isso, de 2008, creio ter lido apenas o "Slam!", de Nick Hornby, um de meus escritores favoritos. E sua primeira incursão no universo, err, pré-adulto, é certeira. Uma divertida obra sobre amadurecimento com um auxílio luxuoso do fantástico.

No entanto, meus aplausos vão para Jonathan Safran Foer e seu "Extremamente Alto, Incrivelmente Perto". A saga do órfão Oskar vai muito além do convincente: encanta sem afetação nem expedientes baratos. Se vocês ainda não foram apresentados ao garoto, não adiem o encontro.

Preciso dizer também que este ano marcou a volta dos quadrinhos às minhas mãos, belamente representados pelos velhinhos mas ótimos "Black Hole", de Charles Burns, e "Maus", do Art Spiegelman - este, simplesmente indispensável.


SÉRIES DE TV

Todo fã de seriados sabe que 2008 foi meio esquisito, graças à fatídica greve dos roteiristas. A paralisação rendeu conseqüências funestas, como temporadas mais curtas - isso quando não foram adiadas por completo, pilotos engavetados... Mesmo assim deu pra conferir belas temporadas. Sempre dá.


Das que regressaram, "Lost", a minha favorita,
foi muito bem, obrigado - sobretudo por conta do encurtamento de duas horas que sofreu; e entre as estreantes - oh, dúvida! -, minha escolhida é "True Blood". Se me dissessem no começo do ano que eu iria ficar viciado em uma série de vampiros eu jamais acreditaria. Pois aconteceu, e garanto que não foi em vão: a trama é interessante, o clima é deliciosamente esquisito e os personagens são excelentes. O tal de Alan Ball (o criador da série) é bom mesmo; e desde já tem minha torcida para a conquista do Globo de Ouro, que acontece em janeiro.

Voltando a falar da maldita greve, talvez a série mais afetada tenha sido "24 Horas", cujo sétimo ano não saiu em 2008. Em compensação, sua introdução foi bem convincente: "24: Redemption" me deu bons motivos para retomar as aventuras de Jack Bauer.

O ano ainda teve o retorno triunfal de "Prison Break", que muitos julgavam com um pé na cova; a avassaladora "30 Rock" colecionando fãs, participações especiais e prêmios; "Gossip Girl" e "Dexter" indo bem; e a continuação - podemos chamar assim - de "Barrados no Baile", "90210". Pode até ser que a nova turma de Beverly Hills não seja tão carismática quanto a anterior - e não é mesmo -, mas a atração teve ao menos o mérito de trazer de volta Brenda Walsh e Kelly Taylor de um jeito nada estapafúrdio. Tomara que melhore.

E para encerrar o assunto, um dos pontos altos do meu ano enquanto fã (e profissional) do mundo das séries aconteceu longe da TV. Duas palavras explicam: Comic-Con. Foi demais ter a chance de poder ir até San Diego e cobrir a porção televisiva da maior feira de cultura pop do mundo; e o que era bom se tornou ainda melhor quando consegui conversar com os produtores de "Lost" Damon Lindelof e Carlton Cuse, com o boa-praça Greg Grunberg e com Jim Parsons, o hilário Sheldon de "Big Bang Theory". Foi tão bom que eu acho que viciei. Ferrou: quero replay em 2009!


GAMES

Tive quase a mesma situação em relação aos livros, já que havia um monte de contas passadas e pendentes a acertar com alguns títulos de Playstation 2; mas a destacável exceção atende pelo nome de Wii Fit, o jogo do Wii que usa uma balança/sensor de movimentos como controle e aparelho de ginástica.

Pouco mais de um mês de uso, juro que algumas melhorias já puderam ser notadas - por exemplo, no meu senso capenga de equilíbrio, que não é bom mas era pior antes de me arriscar na yoga virtual. E é bom ter em mente que, em breve, muitos outros jogos serão lançados para o acessório - sem dúvida uma das melhores aquisições que fiz nos últimos 12 meses.

Ok, só para não passar em branco: "Metal Gear Solid: Snake Eater", do Playstation 2, é incrível. Não vai ter uma nova aventura da série pra Wii não?


HUMOR

Seriados e filmes de comédia e tragédias futebolísticas adversárias à parte, encontrei outros bons motivos para rachar o bico. E dois deles, pasmem, vieram da TV aberta: a apresentadora mirim Maísa, do SBT, e Marcelo Tas e sua trupe do CQC. Enquanto a garota praticou um humor muitas vezes involuntário com tiradas precoces que (merecidamente) bombaram no YouTube, os jornalistas-humoristas pegaram a bobeira do Pânico e a moldaram na forma de ironia cheia de boas referências, com o auxílio de uma edição espertíssima. Para mim a melhor novidade da grade básica televisiva.





Infalível como sempre, o YouTube também rendeu, me apresentando dois ótimos personagens: O bizarro La Pequeña, anão que faz imitações toscas de celebridades; e Bruno Aleixo, um portuga ranzinza num corpo de Ewok - esse mesmo, da foto acima - e dono de um humor nonsense de fazer qualquer um se matar de rir. Eu, pelo menos, me acabei... e pretendo repetir a dose tantas vezes mais no ano que se aproxima.


* * *

Agora é a vez de vocês. Respirem fundo e façam um balanção também que sou todo olhos.

SOOKIE STACKHOUSE VEIO ME VISITAR...

Na verdade, eu a dei de presente para mim neste Natal, mas ela só chegou hoje:



Até o Homer curtiu a novidade...


Isso significa que enfim poderei pôr em prática meu projeto, que detalho agora:

1º) Para matar a saudade de "True Blood" e resolver a síndrome de abstinência da série, lerei todo o "Dead Until Dark", o primeiro livro da Charlaine Harris e no qual a primeira temporada do seriado foi baseada;

2º) Vou me remoer, mas aguardarei com paciência de monge a segunda temporada, que deve chegar em maio, antes de ler o segundo livro, "Living Dead in Dallas";

3º) Quando estrear a segunda temporada, logo após ver o primeiro episódio, enfim pegarei o "Living Dead". Vou começar a ler e só vou parar quando eu sentir que a narrativa estiver "escapando" do primeiro episódio.

4º) Vou ver o segundo episódio e só aí retomo a leitura, parando novamente quando começar a extrapolar os limites do que foi exibido até o momento na série.

Em outras palavras: vou comparar livro e série, mas sempre priorizando o que vejo na TV. Por isso, quando "True Blood" estrear, aguarde as comparações com o "Living Dead in Dallas" aqui no blog...

Não, não, peraí: antes mesmo disso deve rolar um paralelo por aqui entre a primeira temporada e o "Dead Until Dark". Como vocês já devem ter notado, empolgação para isso não falta.

domingo, 28 de dezembro de 2008

"DOCUMENTO ESPECIAL": JÁ NÃO SE FAZ MAIS "TELEVISÃO LADO B" COMO ANTES

Tudo corrido por aqui - plantão de fim de ano! -, mas tirei um tempo para lembrar no blog de uma redescoberta que fiz em 2008: o "Documento Especial".

Criado em 1989, o "Documento Especial" era uma espécie de Lado B do Globo Repórter. Em vez de matérias bucólicas com bichinhos na savana, o programa contava as histórias de prostitutas, travestis e artistas da indústria pornô nacional; no lugar de gordinhos em dieta e vovôs maratonistas, pichadores fugindo da polícia, igrejas pentecostais explorando o povo...

Na época, eu era adolescente, e o "Documento" - se eu não me engano, passava às quintas - era assunto certo na escola no dia seguinte. Óbvio: o programa não tinha censura, cheio de palavrões e mulher pelada, a narração do Roberto Maia era de uma formalidade cômica e, até então, ninguém nunca tinha visto na TV aqueles assuntos serem tratados tão claramente - nem mesmo no "Comando da Madrugada", outro saudoso programa.

Segundo a Wikipédia, o "Documento Especial" teve nove anos no ar, tendo passado por três emissoras diferentes. Em algum momento de 2008, descobri que o Canal Brasil estava reprisando o "Documento Especial" nas noites de quinta. A iniciativa é boa, mas tem gente no YouTube que fez melhor, disponibilizando várias reportagens completas do programa no site.

Com vocês, a primeira parte de uma matéria do "Documento Especial" chamada "Os pobres vão à praia", mostrando a jornada de moradores do subúrbio carioca rumo às praias da zona sul, oeste e da Ilha do Governador:

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

MINHA LISTA DE PEDIDOS PARA UM 2009 MAIS BACANA

Tirando os velhos (porém sempre pertinentes) pedidos de paz, amor e um mundo mais justo e feliz, resolvi elaborar uma listona com outros desejos de Natal, um pouco menos genérica... Quer dizer, muitos dos pedidos não são bem natalinos pois não são para chegarem agora; mas como a época é propícia para esse tipo de coisa, vamos lá:


- Um Flamengo mais sério, com atletas de verdade, mais comprometidos com o tal "vencer, vencer, vencer"... e de preferência com um belo título nacional;


- 234 novas filiais do Starbucks no Rio, incluindo uma na esquina da minha casa e que venda frappuccinos engarrafados de vanilla, mocha, coffee e peppermint;

- Temporadas ainda mais espetaculares de "Lost", "Dexter", "The Office", "The Big Bang Theory", "Chuck", "House" e da querida "True Blood";

- Shows e festivais mais baratos;

- Shows e festivais no Brasil com: Brian Wilson, Brian Setzer, Madness, Chemical Brothers, Simian Mobile Disco, Portishead, David Bowie, Sondre Lerche, Supergrass e mais um tanto de bandas e artistas que adoro;

- Que a volta do Blur seja para valer e que eles também voltem ao Brasil;

- Uma nova ida ao Havaí - de preferência, convidado pela produção de "Lost" - e presença garantida na Comic-Con 2009;

- A chegada do incrível Bruno Aleixo à TV brasileira;

- Que eu aprenda a andar de skate longboard de uma vez por todas e não me machuque com isso;

- Um WiiFit ainda mais bombante e que me faça perder dezenas de quilos;

- Que a Beijomeliga!, minha festa e do Miza, engrene para valer;

- A chegada do VH1 à grade básica da NET;

- Mais livros de Nick Hornby e Jonathan Safran Foer;

- Que a música independente saia do atoleiro e o rock se livre de uma vez por todas do emo;

- Um frigobar cheio de Bailey's, Frappuccinos, Amarulas e potes de sorvetes de menta com chocolate;

- Um gigantesco pufe da Fom em que eu possa assistir a séries, tocar guitarra e cochilar quando quiser;

- Prateleiras ainda mais cheias de DVDs das séries e filmes de que gosto;

- Uma coleção competa de Dunnys e Munnys da Kid Robot;

- E dezenas de milhares de acessos por dia ao blog, me permitindo viver só de AdSense...

* * *

Se lembrar de mais coisas, atualizarei a lista. E vocês, o que gostariam de ganhar?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

UM NATAL REPLETO DE BEACH BOYS!

É Natal, o calor já deu as caras... Então, nada mais apropriado do que incluir os fabulosos Beach Boys na trilha sonora da noite de hoje!

Minha banda favorita, os Beach Boys lançaram em 1964 o delicioso "Christmas Album", disco em que mesclam clássicos do cancioneiro natalino com músicas originais deles, compostas em homenagem à data. Duas delas são meus presentes para vocês: "Little Saint Nick" e "Santa's Beard".

Como só vale o áudio delas, o lance é pôr para rolar no PC da família na hora da festa e entrar no clima:





No mais, um Natal muito legal para todos, com muita alegria, presentes... mas, como meu velho e bom pai dizia, não se esqueçam de pensar no aniversariante!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

RODADINHA




- Papai Noel, velho batuta e... criminoso?;

- A lista dos 32 comerciais mais freaks de 2008;

- O People Who Deserve It, site dedicado a listar tipos de pessoas que merecem uma coça lição bem aplicada;

- E o incrível vídeo abaixo prova que o Le Parkour já existia nos anos 30:


(Via Dark Roasted Blend)


As décadas se passaram mas a advertência continua sábia: não tentem fazer nada disso em casa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

TOP 5 ERROS COMETIDOS EM FESTAS DE FIM DE ANO DE EMPRESAS




Quem diz que festa de fim de ano de empresa não é festa mas sim trabalho está coberto de razão. É o dia em que parece que você pode fazer de quase tudo... e o pior é que muita gente acredita que isso é verdade. Até hoje eu consegui escapar ileso dessa falcatrua, mas muita gente derrapa bizarramente feio na pegadinha da pseudo-farra...

Como estamos nessa fatídica época de comemorações corporativas e já que o assunto anda fresco na memória pois a festa da minha empresa foi na semana passada, aproveito para fazer uma listinha dos erros que podem custar caro demais...


1º)BEBER DEMAIS. DEMAIS.

Quantos e quantos chopes pagos do seu bolso você já não tomou pra dar uma aliviada de uma época estressante no trabalho ou pra comemorar o fim de uma semana hardcore? Mas quando A PRÓPRIA empresa banca a bebida a sede aumenta - mesmo se os drinks oferecidos não são aquela coisa toda. No afã de compensar etilicamente todas as aporrinhações de 12 meses você entorna... e vai junto. E só vai saber o trem que passou por cima de você no dia seguinte, com geral te olhando mais torto do que você estava na véspera...

Ah, e importante: a maldita manguaça é a causadora (ou, no mínimo, a principal incentivadora) de todos os outros itens da lista em 99,93% dos casos. Estudos comprovam.


2º)"CHEGAR" NO(A) COLEGA DE TRABALHO

Se existe alguma situação inapropriada para você manifestar efusivamente seus sentimentos de amor/desejo em relação a um(a) colega de trabalho é na festa da firrrma. Se der certo, é um sinal de que poderia funcionar muito bem longe dali e dos olhares/comentários de todo mundo; e se der errado, além das já citadas fofocas, é certeza de momentos constrangedores em elevadores, copas, reuniões...


3º)SE EMPOLGAR ALÉM DA CONTA NA PISTA DE DANÇA

Já escrevi isso aqui e vou escrever mais umas trocentas vezes: o mundo é dos sem-noção. E são eles que resolvem fazer chão-chão-chão, trenzinhos embaraçosos e, em casos extremos, striptease ao som de clássicos das festas de empresa como "It's Raining Men". Se tudo isso já é constrangedor em festas "normais", imagine na da empresa em que você trabalha, na época das câmeras digitais e seus recursos de filmagem em poucos porém reveladores megapixels, do YouTube...


4º) O DESABAFO NO OMBRO AMIGO

É incrível como tem gente que acredita em que a comemoração de fim de ano é o momento propício pra falar do fulano carreirista, a fulana puxadora de tapete ou - preferência de 9 entre 10 funcionários - para detonar o chefe. Só que existem duas coisas chamadas "memória" e "fofoca". Se algum daqueles (outros) bêbados que você escolheu como ouvinte lembrar de suas lamúrias e desabafos, a chance de que elas se tornem um badalado assunto da rádio-corredor é a mesma de você escapar ileso dos fuxicos.


5º) A ESTICADINHA PÓS-FESTA

"Não é que eu vá fazer igual: eu vou fazer pior", já dizia a letra da música. Não adianta: tem sempre algum demônio para dar a idéia de dar às celebrações um segundo tempo. É aí que mora o perigo, pois muita gente vê nessa prorrogação do oba-oba a chance de fazer tudo o que não tinha feito na boca-livre "oficial" por medo de errar diante da empresa inteira... Mas se ao contrário de Las Vegas e do Clube da Luta o que rola na festa não fica na festa, no pós-festa então é que o risco de fofoca aumenta ainda mais, pois interesse em torno do "after" é sempre afiado. Ou vai dizer que nunca ouviu a pergunta "O que vocês fizeram quando saíram de lá, hein?"...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

VITAMINA!

Quatro assuntos... Lá vamos:



AMANHÃ TEM FESTA!!!



Rock, electro e várias outras delícias sonoras na Beijo Me Liga!, festa pilotada por mim e pelo Miza...


Quem estiver no Rio a fim de dançar músicas crocantes ao sabor de chope artesanal, pode aparecer com a filipeta abaixo impressa que só paga R$15 all night long:






RADIOHEAD E... KRAFTWERK!

M.I.A.? Asian Dub Foundation? Esqueçam: o Kraftwerk é que vai abrir o show do Radiohead! A notícia está confirmadíssima no site da banda de Thom Yorke.


E O FIM DA TERCEIRA TEMPORADA DE "DEXTER", HEIN?





Eu gostei. Não é excelente, mas é bem bom - especialmente na cena de Dexter com Harry e com George King. Na verdade, seria melhor se o penúltimo episódio fosse condensado nesse último também...

A verdade é que a morte de Miguel Prado, o ponto alto da temporada, era pra ter acontecido nesse encerramento, e com um pouco mais de tensão. Podia ter mesmo sido algo mais nervoso, a exemplo do que foi o confronto entre Dex e King. Não?

No fim do episódio que roda na internet enviado por Paul Torrent ainda rola um mini-trailer do que vem por aí, antecipando inclusive o nome do bebê: Dexter Jr. Isso, claro, se tudo não for um sonho/alucinação dele. Agora é esperar (muito) pelo quarto ano...



TUDO ESTÁ RODANDO NO BEST BLOGS BRAZIL!

Este querido blog foi indicado ao Best Blogs Brazil 2008, prêmio que elege os melhores blogs brasileiros.

Se você gosta do Rodanders e quer me dar a honra de sua indicação - é preciso ter 6 para passar à próxima fase da premiação -, clique aqui!

PARA RIR NA SEXTA: BRUNO ALEIXO E INRI GIRLS

Não resisti e resolvi repostar aqui dois momentos ótimos do humor no YouTube. O primeiro é Bruno Aleixo, personagem criado por um grupo lusitano chamado Gana. Aleixo é um menino com cara de Ewok(!!!!!!!!!!!!!!!) que tem a manha de fazer uma piada só render uns 4 minutos.

Em suma: Nonsense portuga, na excelente dica do Thales. Dá pra imaginar? Melhor ver:





E o segundo é o novo hit das obreiras do Inri Cristo, "Inri é o Rei", versão absurdamente hilária de Toxic, da Britney Spears. A bênção veio do Buzz:


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

RETROSPECTIVA TUDO ESTÁ RODANDO: MELHORES E PIORES DE 2008

Só faltam míseros 13 dias para 2008 ir para o saco - e este blog não seria o mesmo sem uma retrospectiva!

Porém, não será hoje que postarei minha lista de melhores e piores do ano não. Isso só vai acontecer no dia 30 de dezembro - e tudo para que você possa também participar da escolha!

Para participar do post é muito simples: basta me enviar um e-mail com categoria(s) e vencedor(es) indicado(s) por você! As mais divertidas não apenas entrarão no post como terão meus votos para cada uma delas...

Além disso, claro, farei também uma lista de categorias oficiais - muitas delas mais caretinhas, como as de melhor filme, melhor música - etc., a ser divulgada no mesmo post do dia 30.

Então é isso: mandem suas categorias e vencedores daí que eu preparo o post daqui!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

RODADINHA




- Óbvio que o incidente do jornalista que atirou o sapato no Bush já virou joguinho;

- Só fatie o tender em junho. Isso porque a humanidade pode ter comemorado o Natal em uma data errada por todo esse tempo.

- Ainda sobre a festiva data cristã, presepinhos de Lego e Star Wars!

- Falando em Natal-micareta e mitos que caem, esqueça a Cleópatra de cabelo liso e feições elizabethtaylorianas.

- E Family Guy sacaneando Jackass? Ótimo, pra variar...

- Fechando a conta, a incrível história do prisioneiro alemão que escapou da cadeia ao enviar a si próprio via correio. Ah, e não era uma prisão brasileira. Nem portuguesa.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O BLUR E OS TOP5 SHOWS QUE ME ARREPENDO DE TER PERDIDO...



Valeu a torcida: o Blur resolveu voltar. Tudo bem que é para apenas um show, mas basta o público fazer seu papel direitinho no dia 3 de julho de 2009 no Hyde Park para eles pensarem em turnê mundial - e, quem sabe, com perna brasileira.

Eu tenho uma história mal-resolvida com o Blur. Da primeira e única vez em que tocaram no Rio eu perdi 70% do show. Ou melhor: vi apenas umas cinco, seis músicas - o que bastou para querer mais, e para me arrepender amargamente de não ter chegado a tempo.

Por outro lado, não me arrependo nem um pouco de perder Madonna. A vi em 1993, foi legal, mas me bastou. Acho que, se eu ganhasse convite, venderia - e a chuva que desabou no Rio ontem só me fez ficar mais feliz por minha decisão...

Mas vamos falar de arrependimentos. Aproveito o ensejo para mais uma listinha, com cinco shows que me dão um pescotapa moral só de lembrar que os perdi, seja lá por que motivos. Não é o caso do show do Blur, já que vi parte dele; mas não importa, já que não faltam outros bons exemplos...


1º) DAVID BOWIE NO METROPOLITAN - Não posso dizer que não gostava dele em 1997, mas não era realmente um fã. Bowie veio, tocou e, anos depois, eu me frustrava ao lembrar que poderia ter visto o cara a poucos quilômetros de minha casa. Mole total.

2º) THE POLICE NO MARACANÃ - Preguiça? Pouca grana? Ou uma combinação dos dois? Não importa: o negócio é que eu joguei fora a única chance de ver o maior power trio da história do rock in loco.

3º) WEEZER NO CURITIBA POP FESTIVAL - Hoje em dia eu não dou mais bola pra banda do Rivers Cuomo, pois acho que nem é mais essa Coca-Cola toda. Mas os dois primeiros discos do grupo são ótimos, e o terceiro é bem legal - e eles foram a base do setlist do show em Curitiba. E eu não estava lá...

4º) SMASHING PUMPKINS NO HOLLYWOOD ROCK - Perdido em um encontro de estudantes de Comunicação em 1996, deixei de ver Billy Corgan e companhia no auge. Poucos anos depois, os Pumpkins voltaram a tocar no Rio, na turnê do "Adore". Foi bom, mas a vibe do show era completamente diferente da que rolou na Praça da Apoteose. Tsc...

5º) BJÖRK NO TIM FESTIVAL 2007 - Uma colega de trabalho havia ficado de trocar de horário comigo para que eu pudesse ir ao show, cujo ingresso estava em minhas mãos, devidamente comprado. Na hora h, ela deu pra trás - e lá fui eu, voando da Barra à Marina da Glória, contando com um atrasinho carioca da islandesa. Que nada: melancolicamente eu cheguei na penúltima música do bis, a tempo apenas de ver as pessoas na platéia enlouquecidas.

* * *

Quem quiser desabafar sobre shows perdidos nos comentários que não se faça de rogado(a)!

sábado, 13 de dezembro de 2008

CLIPES QUE NINGUÉM PODE DEIXAR DE VER: "SABOTAGE", BEASTIE BOYS



Eis aí um clássico na acepção mais fiel do termo. O vídeo da música do excelente disco "Ill Communication" é uma paródia aos seriados policiais dos anos 70, com todos aqueles clichês altamente sacaneáveis. Dirigido pelo sempre certeiro Spike Jonze, "Sabotage" certamente foi influência decisiva na criação de "Hermes & Renato". Cliquem acima e vejam se vocês não concordam comigo...

* * *


Ah, e não esqueçam, cariocas e demais residentes do Rio: hoje tem a estréia de Beijomeliga, minha nova festa. Gandaia, pé na jaca, rock, eletrônicos e outros petiscos musicais. Saiba mais aqui e não deixe de ir. Ou prefere passar a noite de sábado vendo Zorra Total?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

CAPITU NO REINO DO TÉDIO AO CUBO

Não dá para ficar alheio à nova minissérie global. Você esbarra com ela, sobretudo no Twitter e na TV. As notícias que correm sobre ela são grandiloqüentes - cifras, produção, o projeto bacana Mil Casmurros...

Mas não dá. Eu não vi "Capitu"... e nem quero ver.

Mentira, vi sim. Seis minutos, no site oficial da minissérie. E o meu conceito confirma meu preconceito: é chato pra cacete.

Muita coisa me irritou. Para mim, há muitos filtros evitando que eu possa ensaiar uma simpatia com tudo aquilo que está ali. Daria pra eu construir um muro só com os erros que enxergo no programa. Difícil seria dizer qual a base do paredão: se o ritmo teatral, a fotografia-hoje-é-dia-de-Maria disfarçada de inovadora ou aquela vibe circense que torna tudo tão regionalmente chato, simbolizada na cara pintada do pentelhaço do Michel Melamed.

Em uma conversa sobre "Capitu" aqui no trabalho, meu camarada Thales questionou com sabedoria: "Ainda querem dizer que 'Capitu' estimula os jovens a descobrirem Machado de Assis. Qual o jovem que vai se encantar por aquela coisa lenta e chata?".




Tem toda razão. Quem já leu Machado de Assis sabe que a última coisa de que "Dom Casmurro" precisaria é de um Bentinho infantilizado, de cabelo de Jandira Feghali e voz de boneco de ventríloqüo, de uma Capitu insípida e de um narrador-mamulengo para defender sua obra. Ao contrário: ele merecia ficar livre desse embaraço disfarçado de homenagem. Durma-se com um negócio desses...e de roncar, tamanho é o tédio.

RODADINHA

- Dois desocupados dedicados fãs de Simpsons fizeram um sensacional mapa interativo da cidade de Springfield!

- Uma versão em miniatura do arcade do Pac-Man. Como não querer um troço desses?





- Uma bacaníssima coleção de 25 anúncios, designs e afins tendo o iPod como tema - dentre eles, o Walkpod acima.





- Essa listinha das 10 melhores bandas fictícias do cinema... cujos autores deram o mole supremo de não pôr The Wonders em primeiro. Aliás, lembrem-me de escrever sobre o filme deles qualquer dia...

- E só para não deixar passar em branco o fato, uma pequena gozação com a queda do (v)Asco da gama para a segunda divisão do Brasileirão. Se não foi mentira do moleque - que pode muito bem ser um Rubro-Negro infiltrado nas hostes rivais -, a história é genial!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

MINHA NOVA FESTA: BEIJOMELIGA

Olha a convocação aí: a partir deste sábado, 13 de dezembro, tem uma nova festinha no Rio de Janeiro: Beijomeliga!

No som, eu e o meu amigo DJ Miza vamos com o que a gente mais ouve e curte para fazer geral dançar. Confia no gosto: vai de MGMT a Eddy Grant, de Clash a eletroclash, de Beatles a Blur, de Michael Jackson a Kaiser Chiefs. Se você já ouviu algum dos podcasts do Tudo Está Rodando sabe do que estou falando.

Tudo isso ali em Botafogo, na rua Paulino Fernandes, nº 13,e por módicos R$15 se você tiver a manha de clicar no flyer abaixo e levá-lo impresso:



Ah, e já tem comunidade no Orkut também. Quero ver todo mundo no sabadão...

O GUITAR HERO SEM GRAÇA DA VIDA REAL




Acontece no Rio, mas poderia acontecer na sua cidade também - ou melhor, pode estar rolando por aí sim. Há alguns anos - não muitos, garanto - havia uma boa e frutífera cena de bandas no underground daqui. Elas faziam diversos tipos de som, cultivados e tocados em uma variedade interessante de palcos (das mais diversas qualidades), presentes em alguns festivais, noticiados em generosos centímetros quadrados por colunas resistentes, insistentes, pertinentes e tantos outros "entes", como a ótima Rio Fanzine, do jornal O Globo. Havia.

Hoje, o mesmo Rio Fanzine, quando noticia dois shows na mesma coluna, é certeza de chuva no fim de semana - e não é por nenhuma má vontade de seus autores. As linhas destinadas às apresentações foram se apagando por vários outros motivos que correram de mãos dadas. Dois deles se destacam: a escassez cada vez maior de palcos destinados aos novos grupos e a desistência das bandas diante da frustração disfarçada de prejuízo disfarçado de frustração no gastar demais (ensaios,equipamenos) e o quase nunca ganhar qualquer coisa em troca para compensar o que se desembolsa. Quem não é rico quase sempre desiste. Compreensível.

E os festivais de música independente? Nessa história toda, são eles o que há de difícil mesmo de se engolir. Hoje em dia, muitos desses eventos mudaram também. Antigamente, se os festivais apenas promoviam a reunião de bandas para que se apresentassem diante de públicos ávidos por música, hoje o negócio virou um acontecimento ao melhor gosto do lema do Barão de Coubertin: o importante é competir.

Os organizadores de boa parte dos festivais pegaram o pouco palco e a pouca grana das bandas, uniram as duas coisas para montar uma equação espertalhona e feia de doer. Seus eventos viraram verdadeiras gincanas musicais, em que um lugar no palco é leiloado a preço de votos de amiguinhos no Orkut e, uma vez garantida a escalação, o passo seguinte é a disputa de um prêmio maior. Disputa. Prêmio. Porra, será que alguém começa a fazer música pra disputar?

Eu, não. Nunca entrei numa competição dessas com minha banda, Netunos, e me orgulho disso. E por mais inacreditável que possa parecer, não quero com isso dizer que condeno quem busca realizar o sonho de viver de música através desses festivais, que dão de baquetas a discos gravados, de tênis a videoclipes. Há quem tenha culpa maior: os próprios produtores destes festivais - que, não raro, passaram pela mesma escola de produção porca de shows cujo cachê maior a seus artistas, no mais das vezes, é o gesto magnânimo de deixarem que toquem. Enquanto ali todo mundo na noite do show tá ganhando algum - do flanela à tia do banheiro, do barman ao segurança, os manés que carregam amplificadores, que gastam grana com corda, cabo e ensaio no máximo levam um tapinha nas costas. Quando o Netunos tocava direto, no período de 1999 a 2006, sempre foi assim. Desde então, claro que nada mudou.

O certo, obviamente, não é essa gincanada por aí, com neguinho prometendo um monte (e nem sempre cumprindo) vários prêmios como um baú da felicidade. O ideal seria que se pagassem às bandas todas as vezes em que elas se apresentassem, sem que precisassem entrar em disputinhas para serem reconhecidas financeiramente. Isso sim é o certo; mas quase nunca o correto prevalece...

E em pensar que todos esses parágrafos foram fomentados por insistentes e constrangedores pedidos de bandas e artistas (muitos, compostos por pessoas queridas) feitos a mim no Orkut para que ganhem votos para se apresentarem em festivais - no caso, um em especial, que resolveu neste ano jogar fora sua bela história de trampolim de novidades para se tornar uma versão real e estúpida do Guitar Hero, aquele videogame em que os jogadores tentam acumular pontos com controles que simulam instrumentos. Foi mal, mas não têm meu voto nem meu ingresso.

E, na boa, nem que me paguem.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

RODADINHA!

- Serviço de utilidade...etílica: este site da BBC calcular as calorias ingeridas nas bebidas que consumiu na noitada. Para dar peso na consciência...




- Mais uma página bacana de toy arts de papel: a de Marshall Alexander, criador de coleções como a vista acima, Foldskool Toys, só de computadores/videogames das antigas...

- E um trailer do novo "Sexta-Feira 13". Tenho minhas restrições quanto ao Jason super-ágil... E vocês? Assistam abaixo e opinem nos comentários...

sábado, 6 de dezembro de 2008

CLIPES QUE NINGUÉM PODE DEIXAR DE VER - "RIGHT NOW", VAN HALEN



O premiado vídeo de Mike Fenske é de 1992 e tem uma idéia simples: usar o nome da música como mote para mostrar diversas situações em que pode ser aplicado. Algumas são de cunho político, outras (realmente) engraçadinhas - como a da praia de nudismo. Mais um exemplo de idéia simples que deu muito certo...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

RODADINHA

- O ingresso.com começou a vender Radiohead duas horas antes do combinado: às 22h de quinta-feira. Em compensação, tudo fluiu bem, diferentemente do caos que os fãs de Madonna enfrentaram.

Óbvio que o público da Madonna é bem mais numeroso do que o da banda de Thom Yorke, mas... será que as empresas responsáveis pela venda não sabem disso?


- Maaaaaais um trailer do jogo de "Ghostbusters" que sairá para XBox, Wii e Playstation 3:





- Uma nova descoberta: 2018 - Solta o Frango James Bond, blog de comédia futurista "feito" daqui a dez anos. Visitem e reparem na homenagem a Amy Winehouse no menu à direita... Dica do Olhômetro!




- E o Garfield Minus Garfield, site/projeto de Dan "Travors" Walsh, em que ele simplesmente tira das tirinhas de Garfield o gato gordo que as estrela. Resultado: um Jon esquizofrênico e muito, muito deprê. Valeu, Liv!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

WII FIT - NÃO É FEITIÇARIA: É TECNOLOGIA!

"Pô, faz um relato do test drive pra gente depois!". Essa foi a frase que ouvi de um camarada meu do trabalho na hora do almoço, logo depois que contei a ele que chegaria hoje o meu Wii Fit. A idéia era interessante: afinal, não é tão fácil encontrar um resenha em português sobre o jogo. Pronto, aceitei a missão.

Uma hora de exercício depois, me senti animado pra topar a proposta de descrever a primeira experiência com o game e com a balança usada para jogá-lo. Então, se você tem Wii e quer comprar o acessório, se você não tem Wii mas está interessado(a) em adquirir o pacote completo ou mesmo se apenas quiser saber as desventuras de um nerd com uma certa barriguinha proeminente obedecendo a uma treinadora virtual e porcamente equilibrado sobre um retângulo de plástico, siga na leitura...

Antes de falar do jogo em si, uma dica fundamental: antes de qualquer coisa, é preciso reconfigurar o Wii, o aparelho, para o espanhol - e isso porque, se você deixar em inglês, as medidas de tamanho e peso com as quais o WiiFit vai trabalhar serão as dos americanos. Portanto, querendo metros e quilos, españolito neles!

Wii configurado, balança sincronizada, comecei a navegar pelo Wii Fit. E o início da brincadeira impressiona: você dá sua altura, sobe na balança e ela aponta seu peso, seu índice de gordura, seu equilíbrio e até o que chamam de sua idade Wii - um índice que aponta qual seria a sua idade corporal. Já comecei tomando bomba: fui fichado na zona do sobrepeso - o que eu já imaginava - e, segundo o aparelho, minha idade Wii é de 50 aninhos - "apenas" 18 a mais do real. Que maravilha: eu, aos 32 anos, encarando a dura realidade de minha forma pelos resultados de um videogame, e representada em uma bizarra barriguinha no meu Mii, o boneco que me representa no Wii.

Em seguida, o Wii Fit te aponta os quilos e índice de gordura a serem perdidos, e você diz quanto quer perder e em quanto tempo. Fui na contramão de 99% dos instrutores físicos, que preferem programas a curto prazo, e optei por um programa a médio prazo - coisa de mais de 10kg em uns 3 meses. Isso tudo é marcado em um calendário do joguinho e salvo na memória do Wii, com direito a gráficos mapeando sua trajetória. Mil vezes a balança do Wii do que a do Vigilantes do Peso.





E aí começa a parte boa: o suadouro, o sofrimento, a ralação. São vários exercícios, divididos em quatro categorias: yoga, força muscular, aeróbicos (como uma corridinha bem divertida) e jogos de equilíbrio. Ao todo, são mais de 40 exercícios e minigames; só que os caras da Nintendo tiveram a manha de deixar apenas uns poucos disponíveis de início. Para ter acesso a todos é preciso... malhar. E para variar as opções de alguns exercícios também - por exemplo, poder aumentar o número de repetições de flexões de braço.

"Porra, cara. Você tá enrolando até agora porque se saiu malzão no jogo, né?". Ok, sem rodeios, admito: é. Só que me bastaram 60 minutos para eu entender que o Wii Fit é meio mentiroso - o que até me dá a esperança de que essa história de eu ser um cinqüentão pra essa máquina é falsa demais. Não é possível que eu faça tão bem a posição da Árvore na yoga (essa mesmo, feita pela mulherzinha ao lado) para ganhar a graduação de três em quatro estrelas. Eu me desequilibrei umas trocentas vezes e ainda ouvi elogios de minha instrutora virtual - ah, tem isso também: uma professora (ou professor, se você preferir) vai te explicando, te incentivando... e te dando esporros. Ouvi muitos - isso porque o Wii Fit é meio mentiroso, mas na maior parte das vezes manda a real sem dó nem pena. A instrutora vai ter trabalho...

Ao todo, foram 60 minutos de malhação, entre flexões, agachamentos e alongamentos que certamente me darão dores esquisitas na manhã desta quinta-feira. A camiseta que eu usava saiu banhada de suor e, em diversos momentos, creio ter usado músculos que nem sabia que tinha. Ou seja: funciona. Parece funcionar. E é bom que funcione, pois amanhã mesmo tem um chope da galera do trabalho e a minha estréia na primeira loja carioca do Starbucks. E é pela paixão pelos comes e bebes, pela diversão proporcionada pelo game e pelo orgulho ferido graças às verdades ditas pela máquina é que prometo me empenhar nessa batalha inglória entre o Wii Fit e o Me-Fat.

P.S.1: Se você for homem, faça um favor a si mesmo: resista bravamente ao jogo do bambolê.

P.S.2: Se você for mulher e seu casamento/namoro/affair estiver indo pro saco, aí a coisa muda de figura:


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

VITAMINA!

Misturando os assuntos, siempre! Bora:


SUECANDO À LA GONDRY


Paulistanos cineastas-wannabe ou que ficaram loucos após ver o excepcional "Rebobine, Por Favor": pelas mãos de seu cineasta, Michel Gondry, o longa virou uma exposição-evento que tá rolando a partir de hoje no MIS (Museu da Imagem e do Som). Além da mostra de fotos do filme, há cenários, roupas e itens de cena à disposição dos visitantes para que eles também possam dar sua suecada. Não é do cacete?

E quem (ainda) não sabe o que é suecar é porque não viu o filme. Corram atrás ontem!


SUPER FULANO!

Sempre quis virar um herói tosco das séries de TV? O site viralzinho Make Me Super realiza o desejo daqueles que sempre se viram naquelas aberturas de seriados dos 70s, transformando-os em micos virtuais destemidos defensores da justiça, como o Super Carlos...





Dá até para fazer o papel de parede dos heróis, mandar pros amigos etc.. A iniciativa divertidinha é da Kodak.


PENSAMENTO FUTEBOLÍSTICO RUBRO-NEGRO

Se o Brasileirão fosse a Copa do Mundo, o Flamengo seria uma seleção africana: até sabe jogar bonito, mas tem um técnico fuleiro e, sobretudo, não possui o menor compromisso com nada - muito menos com a vitória.

MEIO-CAMPO (E) MATADOR
volante do Inter Guiñazu é considerado um bom jogador, mas tem fama de violento. Uma explicação para isso: a incrível semelhança entre ele e o ator Robert LaSardo:




Não está ligando o nome à pessoa? Então, confiram o currículo de Robert LaSardo na TV e vejam se não faz muito sentido...


PÉROLA TELEVISIVA

Para terminar, uma singela historinha: estava eu zapeando no sábado quando parei no "Básico", programa do Multishow apresentado pela linda Letícia Birkheuer. Ela estava fazendo uma visita a três meninas que dividem apartamento, meio que fuxicando os cômodos da casa, dando palpites etc.

Lá pelas tantas, ela repara: "Ih! Elas têm um freezer no meio da sala!". Até aí, tudo bem. Triste foi quando ela exclamou ao abri-lo, mexendo em suas prateleiras: "A-ha! Como eu suspeitei: congelados!".

Pano rápido.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

RODADINHA

- Os simpáticos (e downloadeáveis) monstrengos de papel da CreatureKebab.com. Não deixem de olhar a galeria também não!




- Uma espetacular camiseta da Threadless cheia de spoilers de filmes. Alguém podia lançar de fins de séries... Valeu, AP!

- O Clearly Closed, site que reúne fotos de estabelecimentos comerciais fechados mas com uma placa/sinal de "aberto" em suas vitrines e/ou portas.

- E "Highway", curiosa projeção do artista holandês Harm Van Den Dorpel, tudo vira a mesma coisa...

NÃO, OBRIGADO - A LISTA DOS CINCO HYPES QUE EU DISPENSEI NESTE ANO



2008 já está mesmo indo para o saco, então a pergunta cabe bem: o que você andou recusando nestes últimos 12 meses?

Claro que, por inúmeros motivos, todo mundo deixa de ver um monte de coisa; mas quais foram as mais significativas dispensadas sem problema nem peso na consciência? Eis aí as minhas cinco principais:


SHOWS DA MADONNA NO BRASIL - Sem dúvida serão ótimos shows, mas... eu passo. Aqui explico tudo.

O NOVO FILME DO 007 - Posso estar errado, errado demais, mas para mim há tempos que Bond, James Bond não tem qualquer carisma. Para ser sincero, nem cheguei a ver os filmes com Pierce Brosnan, que me parecia mais adequado ao papel. E soa meio estranho ter Bond lutando por causas ecológicas...

SPORE - O game da Electronic Arts que simula a evolução de criaturas parece ser bom demais - e por isso mesmo fugi dele. E saber que ele saiu da mente genial de Will Wright, o mesmo autor de The Sims, só melhora/piora as coisas. É o famoso "evite o primeiro gole".

KNIGHT RIDER - Concordo que a versão 2008 da Super Máquina não chegou a ser um hype, mas mesmo assim havia atrativos. Foi o grande número de séries que acompanho que me impediu ver mais essa - e, na boa, por favor não me digam que é espetacular...

BRASIL NAS OLIMPÍADAS - Nunca assisti a uma edição de Jogos Olímpicos com tamanha incredulidade no Brasil como aconteceu com os Jogos de Pequim. Infelizmente, os resultados não tiraram minha razão. Será que em 2012, com a invasão alienígena, as coisas melhoram? Ou melhor: será que ainda teremos Olimpíadas?

* * *

Agora vocês contam os hypes dispensados de vocês. Olhem para a seção de comentários da verdade e abram o jogo!

sábado, 29 de novembro de 2008

CLIPES QUE NINGUÉM PODE DEIXAR DE VER - "TONIGHT, TONIGHT", SMASHING PUMPKINS




O clipe da arrebatadora música do disco "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (1995) é uma homenagem espetacular aos primeiros filmes de ficção científica da história - especialmente do cineasta George Mélliès, um dos pioneiros do cinema. Figurino, fotografia, cenografia, tudo impecável. Se poucos vídeos merecem o título de obra-prima, o de Jonathon Daylon e Valerie Faris sem dúvida goza desse privilégio. Épico.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

RODADINHA

- Os camaradas do Baile Curinga produziram um dos melhores mash-ups visuais dos últimos tempos. Se liguem:



Deve até rolar camiseta do Mumu da Mangueiris! Foda, né? E ainda tem Curinga-redux na pista 2 da Paradiso neste sábado. Coisa fina...

- Eu já sei, vocês já sabem, mas vai que algum incauto ainda desconhece? Então, repito:

1º) Radiohead confirmado no Rio (20/03, Praça da Apoteose) e em São Paulo (22/03, Chácara do Jockey);

2º) Ingressos a R$200 (meia de R$100);

3º) Vendas antecipadas começando dia 5, nos estádios do Pacaembu (SP), Maracanã (RJ) e no www.ingresso.com.

Será que a venda online vai dar certo ou vai madonnar?

- Quer saber onde os nerds mais ricos do mundo estarão no dia 11 de dezembro? Em um leilão em Hollywood, em que será vendido o sabre de luz original de Luke Skywalker em "O Império Contra-Ataca" - lance inicial de US$185 mil! -, além de chapéu de Indiana Jones em "Indy e o Templo da Perdição", boneco do Gizmo usado no filme "Gremlins"...

- Para encerrar a rodada no climão de finde, galhofa com Elijah Wood no Yo Gabba Gabba!, o programa infantil mais trippy dos últimos tempos:



Quem quiser saber mais sobre o Gabba basta conferir este bom artigo do Rraurl.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

MAUS: UMA INCRÍVEL DESCOBERTA TARDIA

Acontece muito comigo esse negócio de ficar enlouquecido por um livro/filme/série/disco de tempos atrás, mas mesmo assim a empolgação me leva a querer divulgar a obra como se tivesse sido lançada ontem. A obra que ilustra esse exemplo é uma história em quadrinhos que já conhecia há anos, mas que só agora fui ler para valer: "Maus".





Escrita/desenhada por Art Spiegelman, lançada originalmente como livro em 1986 (o volume I) e 1992 (o II), "Maus" traz o relato verídico do pai de Spiegelman, Vladek, um judeu polonês que conheceu de perto os horrores da Segunda Guerra Mundial. A história é contada pelo velho Vladek na sala de sua casa, sob os olhares e rascunhos vorazes de seu filho. Seu relato é minucioso, iniciando-se antes da guerra, quando ele conheceu Anja, a mãe de Art; e, desde então, a trajetória do comerciante é de prender a atenção de qualquer um.

A narrativa de Vladek é daquelas repletas de emoção mas que em momento algum incorrem no sentimentalismo barato. A simplicidade com que Spiegelman mostra suas conversas com Vladek - um homem de velhice fragilizada por doenças e que equilibra rispidez e doçura em sua incrível personalidade - é tão fascinante que você de fato está ali, esparramado no tapete de sua sala, ouvindo tudo com total dedicação.





Outra especialíssima marca de "Maus" é a brilhante idéia de Spiegelman em usar animais para retratar em traços simples os personagens da história: os judeus são ratos; os alemães, gatos; os poloneses, porcos; e os americanos, cães. Todos com as mesmas feições, pois de fato eram partes de coletivos envolvidos pelos nós cegos impostos pelas circunstâncias.

Tanta excelência valeu a "Maus" um prêmio Pulitzer especial em 1992, merecido e justificado a cada página lida. Deveria ser aplicado em qualquer curso de história, usado como argumento cabal para derrubar qualque resquício de preconceito de quem pense que quadrinhos não comportam grandes histórias e, principalmente, posto nas mãos de cada um que busca entender e admirar a natureza humana. Por isso, não demorem tanto como eu...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

VITAMINA!

Assuntos misturados e comentados num post só. Aí vamos nós:


A SASHA DO PLANETA TERRA E SEU COCÔ SAGRADO

É impossível trabalhar ao lado da galera do Ego e não ouvir ao menos uma vez ao dia o nome de Suri Cruise. Eleita bebê mais influente do mundo em 2008 - seja lá que raios isso signifique - pela revista Forbes, a filha de Tom Cruise e Katie Holmes tem nada menos do que 2.910.000 retornos em uma busca por seu nome no Google.
E um deles me levou a uma descoberta muito bizarra...

Um artista plástico americano chamado Daniel Edwards esculpiu em bronze uma réplica da primeira evacuação sólida de Suri. Em respeito ao seu lanche, não vou postar a foto do cocozinho da garota, mas você pode vê-lo aqui.

Ah, e a escultura foi vendida pelo eBay a um cassino pela quantia de US$10 mil. O ser humano é ou não adorável?


SIMPSONIZANDO GERAL


Um pouco menos estranho - será? - do que Edwards é o ilustrador Dean Fraser. Ele e o autor do Springfield Punx, blog em que Fraser mostra sua versão à la Simpsons de personagens em quadrinhos, de séries, de outros desenhos e de gente da vida real também.





Se você foi ao site e ficou com preguiça de ver as versões uma a uma, aqui Fraser dispôs um pôster/papel de parede com todos os seus homenageados - ou ao menos uma parte deles. E resistam a não transformar isso em seus próximos papéis de parede...

PROPAGANDA É ISSO AÍ

Quem disse que los hermanitos não sabem fazer publicidade? A prova está neste excelente comercial da Coca-Cola na Argentina:




A dica foi do Miza.


BAIANIDADE CATÓLICA PARA COMBATER AS DROGAS

Um dos hits da internet nesta semana é a apresentação da cantora Jake em uma emissora católica, em que cantou a música "Pó Para Cum Pó". Para quem ainda não sabe do que se trata:





Me perdoem a infâmia, mas achava melhor que ela seguisse outra carreira...

FAIXA A FAIXA: "DAY AND AGE", THE KILLERS




Hora de dar uma sacudida nessa seção do blog, que andava um tanto quanto esquecida. Para isso, escolhi o terceiro disco dos Killers, lançado nesta segunda quinzena de novembro. E a audição foi... foi...

Nem é preciso muita perspicácia para sacar que eu não gostei. Decepção é a palavra que resume tudo, mas eu não estou aqui pra deixar vocês lerem só isso. Então, acompanhem abaixo meus comentários faixa a faixa, escritos enquanto eu ouvia o disco. Se houver a chance, catem o disco e ouçam junto para ver se concordam ou discordam. Lá vai:


LOSING TOUCH - A introdução me lembrou algo de David Bowie. Há também alguma coisa de Simple Minds e até de A-Ha (na parte do "I'm In no Hurry..." sem bateria). Brandon Flowers anda ouvindo seus vinis antigos...

HUMAN - Esqueçam as guitarras: essa é um tecnopopzinho que poderia ter saído de qualquer encerramento de filme da Sessão da Tarde. Para uma canção que foi escolhida como o primeiro single do disco Não me empolgou não...

SPACEMAN - A introdução até promete um pouco dos velhos e bons Killers de outros tempos... mas logo a impressão se desfaz. Melodia fraca, arranjo chato e burocrático. Tá difícil... e os sintetizadores não estão ajudando. E olha que eu curto sintetizadores.

JOY RIDE - A primeira música legal do disco. A batidinha disco mostra a vocação da canção para a pista de dança. E, de quebra, ainda tem um saxofone muito bem sacado. Será que melhora?

A DUSTLAND FAIRYTALE - Começa como uma baladinha acendam-seus-isqueiros-ou-abram-seus-celulares-na-platéia, mas logo depois vira um arremedo da excelente "Read My Mind". Quer dizer, nem isso consegue ser, pois fica no meio do caminho.

THIS IS YOUR LIFE - Juro que não é exagero, mas foram 3 minutos e 39 segundos irrecuperáveis em minha vida. Indescritivelmente chata.

I CAN'T STAY - Essa é bacana. Batida marcada no violão com um toque de Talking Heads no arranjo. Uma canção que seria razoável nos dois primeiros discos da banda, mas que em "Day and Age" se destaca.

NEON TIGER - O nome é esdrúxulo, o refrão manicstreetpreachearizado também. O delay no vocal é especialmente exagerado, mas nada se compara em matéria de constrangimento ao momento em que Brandon Flowers canta "Come on, girls and boys/everyone make some noise"... quando a empolgação para isso é zero.

THE WORLD WE LIVE IN - Novamente uma canção pouco inspirada. "The World..." traz um dos poucos instantes do disco em que se ouve uma guitarra... e nem soa bem, infelizmente. De resto, mais do mesmo. E para completar, um manjado encerramento com fade e sem percussão - recurso já utilizado em pelo menos outras três músicas do disco até aqui.

GOODNIGHT, TRAVEL WELL - A trilha sonora de uma morte lenta e dolorosa. A tentativa é de climão, tentando dar ao ouvinte uma vibe introspectiva; mas isso só aconteceria se a canção fosse boa. No fim das contas, infelizmente - e já usei esse advérbio diversas vezes - parece uma música de cena de sexo do Super Cine.

A versão que peguei de "Day and Age" foi a do iTunes, que veio com as seguintes faixas bônus:

A CRIPPING BLOW - Podia - e devia - ter entrado no tracklist normal, pois é melhor do que 80% do repertório original. Os vocais de Brandon se sobressaem - naquela onda exagerada do vocalista, claro -, e o arranjo tem lá suas pequenas surpresas.

FORGET ABOUT WHAT I SAID - Não entendo. Esperei 12 músicas para ouvir uma boa canção que também tem lugar certo dentre as titulares do álbum. Não que "Forget About..." seja espetacular, mas é sacanagem escondê-la depois de tantas canções dispensáveis.


NOTA FINAL: 4 É uma pena, mas "Day and Age" é um claro indicativo de que o Killers está numa descendente. O produtor Stuart Price errou na mão ao exagerar na limpeza, criando um disco com um punch que tende a zero e cheirando a formol de tanta assepsia. Os fãs que não tentem achar em "Day and Age" o grupo que despontou com o "Hot Fuss" de "Mr. Brightside", "Somebody Told Me" e "Smile Like You Mean It". Melhor pensar que a banda deste terceiro disco é uma nova, mergulhada em camadas de sintetizadores entediantes e baladas esquecíveis; mas se isso pode ser menos doloroso, por outro lado não alivia em nada a chatice.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

RODADINHA

- Mais fotos do Brad Pitt envelhecido para o filme "The Curious Case of Benjamin Button. Há quem ache que o resultado ficou excelente, mas eu vejo um defeito: Pitt ficou com uma cabeça desproporcional ao corpo. Algo como se tivesse sido separado do Gollum de "O Senhor dos Anéis" no nascimento. Vejam se não estou certo:



- MacGyver da vida real: é possível carregar o iPod usando uma cebola e uma garrafa de energético.

- Tá meio tarde mas ainda dá para pegar uma promoçãozinha na Threadless, loja gringa cheia de camisetas bacanas. Viciado que sou, conferi... Mas a mais legal NÃO faz parte da promo e custa US$15 dólares. A estampa dela é essa aqui:





Natal tá chegando, e se algum leitor quiser fazer um blogueiro feliz...

- Para quem acha o Abba brega, uma galeria para lembrar que havia coisa bem mais bizarra na Suécia disco dos 70s.

- E provando pela 28394729ª que só dá maluco, o Headset Hotties, site-coleção virtual de atendentes de telemarketing usando headsets. Medo.

FIM DE TEMPORADA DE "TRUE BLOOD": OITO PERGUNTAS QUE NÃO VÃO CALAR TÃO CEDO




Foi ao ar no último domingo nos EUA - e ontem aqui em casa - o episódio final do primeiro ano de "True Blood". Só para variar um pouquinho, foi excelente - e, como todo bom encerramento de temporada, levantou questões que farão qualquer fã se rasgar de curiosidade. Eis as que me atormentam, sem hierarquia de importância:


1. QUEM (OU O QUE) ATACOU LAFAYETTE? Para começo de conversa, a cena sugere que não foi ninguém deste mundo - até porque, para pôr medo no cara/mulher mais forte de Bon Temps é preciso ser algo sobrenatural mesmo. Tá com cara de ser vampiro... ou seria lobisomem? Bom, só sei que é de se desconfiar que tenha sido um ataque armado pelo corrupto e hipócrita David Finch. Né?

De qualquer forma, não me preocupo com a vida de meu personagem favorito em "True Blood". Alan Ball não seria louco de matá-lo.


2. QUEM ESTÁ DENTRO DO CARRO DE ANDY BELLEFLEUR? Como disse, essas questões não estão em ordem de importância, mas essa pergunta tinha mesmo que vir depois da anterior. Isso porque há uma chance de o pé de unhas vermelhas do banco de trás do carro de Bellefleur ser de Lafayette - ou você não lembra da cena do 11º episódio em que ele aparece pintando as unhas desta cor? Mas vai demorar tanto para sabermos a resposta...





3. QUEM É MARYANN FORRESTER? Tudo indica que ela teve um caso com Sam Merlotte, certo? Certo. Mas como diria aquele anúncio do (011)1406, não é só isso: ela é podre de rica, causou o acidente de Tara ao caminhar nua com um porco, tem um funcionário esquisitão, abriga jovens desajustados e ainda por cima parece se comunicar com suínos!

Se lembrarmos que Sam foi um jovem abandonado - como a própria Tara -, podemos imaginar que ele já viveu sob o mesmo teto de Maryann; só que ela parece ter a mesma idade dele. Ou será que ela é uma vampira e, por isso mesmo, não envelhece na aparência? A esquisitíssima cena dela com o porco vista neste último episódio e a nudez anterior dela ao lado do bicho leva a crer que ela possa ser uma metamorfa, mas para mim, não; ou pelo menos, não só isso - e é sem dúvida alguém bem pior do que aparenta ser. Sei não, mas a impressão que tive desde sempre é a de que Maryann é ligada ao demo. Queria ver o que a exorcista-falcatrua Jeanette teria a dizer dela...


4. O QUE MARYANN FARÁ COM TARA? Na verdade, ela já está fazendo, pois bastaram duas semanas para Tara citar um ensinamento de sua nova guru para Sam. A pergunta certa é: até onde vai essa lavagem cerebral? Salve-a, Lettie Mae!


5. JASON, O CAÇA-VAMPIROS? Por falar em lobotomia, a Irmandade do Sol conseguiu um novo adepto: o estúpido e desorientado Jason Stackhouse. Até roupinha de carola ele já apareceu usando na igreja. Do jeito que ele é mané, é capaz que tente promover um levante anti-vampiros em Bon Temps - que, obviamente, não vai dar em nada. Quer dizer, até acho que vai dar sim, mas será um resultado longe do esperado: minha intuição me diz que... que... Bom, passemos à próxima pergunta que tudo continua lá.





6. E JESSICA? A mais nova (e bela) vampira de Bon Temps voltou aos gélidos braços de seu criador, Bill. Tá na cara que ela vai se meter - e meter os outros também - em roubada. Penso que o jovem e inocente Hoyt seja uma vítima em potencial - lembram dele pedindo uma vampira a Sookie? -, mas acho que o rolo maior será com outro cara: Jason Stackhouse. É esperar para ver.

7. LIVROS DE CHARLENE HARRIS: LER OU NÃO LER AGORA? Um óbvio paliativo para ajudar a segurar a ansiedade pelo segundo ano da série e para matar a saudade dos personagens é recorrer aos livros que inspiraram "True Blood". Mas, por outro lado, as obras devem estar repletas de graves spoilers. Eu já vou comprar o "Dead Until Dark", o primeiro livro de Charlene (e que parece ser a base deste primeiro ano) para fazer a comparação entre o que vi e o que irei ler. E quando acabar, pulo ou não pro segundo? Dilema cruel.

8. E SE OS LIVROS NÃO RESOLVEREM A ABSTINÊNCIA DE "TRUE BLOOD", O QUE FAZER? Aí, só mesmo pegando um DeLorean e pulando na linha do tempo até meados de 2009, que é quando estréia a segunda temporada nos Estados Unidos. E estou sofrendo desde já...
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