terça-feira, 31 de março de 2009

ENTREVISTA: ASUSANA E ALÍBERA, AS CANTORAS DE INRI CRISTO

No princípio era o Cristo - Inri Cristo. Anunciando-se como reencarnação do mais iluminado filho de Deus, o solícito Inri experimentou por um tempo uma certa exposição televisiva em programas movidos a humor e polêmica, como o Pânico na TV e o Superpop. Mas na internet, o suposto Cristo deixou os holofotes para duas de suas seguidoras: Asusana e Alíbera.





Autoras do milagre da multiplicação dos pageviews de seus vídeos no YouTube - em que fazem versões de músicas de artistas nada religiosos como Amy Winehouse, Madonna, Britney Spears e até da banda inglesa de heavy metal Saxon -, Asusana e Alibera toparam dar uma entrevista exclusiva por e-mail ao Tudo Está Rodando.

Enviei algumas perguntas às duas, e as respostas vocês leem abaixo. Em seu depoimento, Asusana e Alibera contam sobre o começo da carreira, citam influências - de Legião Urbana a Guns and Roses! -, falam das gravações de seus vídeos... e ainda: definindo-se como ecléticas, as duas não descartam a chance de, num futuro próximo, gravar uma versão mística de um funk ou de um pagode de sucesso!

Confiram:



Antes de qualquer coisa, por que o nome de todas as discípulas de Inri Cristo começa com a letra "A"?
"O nome de cada discípula é Inri Cristo quem escolhe de acordo com a inspiração que recebe do Pai, e também de acordo com a história e missão de cada uma. O 'A' na frente dos nomes é uma homenagem às mulheres, já que elas foram solidárias ao INRI na hora da crucificação; naquele momento elas conquistaram o direito de se tornarem discípulas também. Ninguém é obrigado a crer".


Como surgiu a dupla Asusana e Alibera? Quando começaram a cantar?
"Tudo começou com uma brincadeira. No princípio nós cantávamos músicas antigas do Jamelão, da Dalva de Oliveira... enfim, canções que INRI gosta, no intuito de alegrá-lo, dar uma descontraída, pois quando INRI assiste aos noticiários, não tem como fechar os olhos para a triste realidade que vivemos, as guerras, as dores do povo, isso tudo o aflige e o deixa desgostoso".


Como e de quem surgiu a ideia de fazer versões místicas para sucessos do pop/rock?
"Foi cantando para Inri que surgiu a ideia de gravar a primeira versão, intitulada 'Paródia Divina', baseada na música 'A Banda' do Chico Buarque. Postamos no YouTube, os internautas gostaram da idéia, então vieram as outras versões".


Como é feita a escolha das músicas a ganharem versões?
"Nós não temos preferência por tipo de música, pode ser do estilo jovem de hoje em dia, como também podem ser músicas que marcaram época. Somos ecléticas".


Quem compõe as letras das versões? Vocês mesmas?
"A maioria das letras são sugestões enviadas por internautas. Gravamos justamente a partir de pedidos deles e até de amigos. Nós avaliamos carinhosamente cada sugestão e escolhemos as que mais apreciamos".


De quais artistas de pop/rock vocês mais gostam?
"Gostamos de vários: Capital Inicial, Legião Urbana, Ana Carolina, Guns ‘n Roses e de muitos outros. Apreciamos a MPB e aprendemos com INRI a gostar de música clássica".


Seus parentes e amigos já viram os vídeos? Se sim, o que eles acham?
Asusana: "Já viram sim, gostaram muito, e estão sempre esperando pelo próximo".


É feito algum ensaio para as cenas dos clipes? Quem as dirige?
"Nós fazemos uns ensaios, mas nada de malabarismo, pois não gostamos muito de dançar (risos). Os clipes são dirigidos pela Asusana, e quase sempre é ela quem escolhe o cenário. As cenas do último clipe, 'Não diga não' (versão para "Rehab", de Amy Winehouse, lançada no último dia 23 e já vista 80 mil vezes no YouTube), foram idealizadas por duas jovens que vieram da Itália, de uma escola vinculada à Benetton, para fazer um documentário sobre Inri Cristo. Elas se prontificaram a gravar o vídeo e nós obviamente aceitamos".


Quanto tempo demora o processo de realização do vídeo de uma versão mística?
"Cada vídeo leva aproximadamente dois meses para ficar pronto, pois temos que decorar a letra, ensaiar, depois preparar o cenário, gravar e finalmente partir para a edição".


Desde que surgiram seus clipes com as versões místicas, pôde-se notar uma dedicação maior na realização deles. Vocês têm se dedicado mais a pensar em coisas como coreografias, cenas, interpretações etc.?
"Na verdade foi tudo um processo espontâneo. No começo, era tudo caseiro, e aos poucos fomos nos aperfeiçoando. É que nós jamais pensamos que a brincadeira iria ficar tão séria (risos)".


O que Inri Cristo acha dos clipes? Ele dá ou já deu algum tipo de orientação para algum vídeo?
"O Inri aprecia todos os clipes, afinal todos foram feitos em homenagem a ele. Mas ele nos deixa bem à vontade para usarmos nossa criatividade".


Inri Cristo participou ativamente do vídeo da versão mística de "Rehab". Já houve a ideia de tê-lo cantando com vocês em um vídeo futuro?
"Inri aceitou participar a pedido das documentaristas que estavam aqui para entrevistá-lo e se propuseram a gravar esse clipe. Elas apresentaram as idéias e INRI considerou-as inspiradas. Afinal de contas, INRI não iria dizer não pra ele mesmo!"



Qual vídeo deu mais trabalho para ser feito até hoje?
"Quando existe esforço, boa vontade e dedicação, até as coisas mais difíceis acabam se tornando pequenas. Nenhum vídeo podemos dizer que foi fácil produzir, mas o que tivemos de gravar mais vezes foi 'O tempo vai mostrar', a versão mística de Living on a Prayer. Esse foi duro na queda, mas ficamos satisfeitas”.


Se houvesse um convite para participar de algum festival grandioso de pop/rock, vocês participariam? Por quê?
"A questão é que desses festivais só participam cantores profissionais, e nós não somos cantoras profissionais. Apenas deixamos de cantar embaixo do chuveiro para cantar no palco virtual(risos)".


Alguém já as cumprimentou ou as reconheceu na rua por conta dos vídeos e das versões místicas? Se sim, como foi ou costuma ser? Dão autógrafos?
"É claro que já vieram nos abordar, alguns já pediram para tirar fotos conosco. Nós só não damos autógrafos porque não somos artistas. Somos discípulas de Inri Cristo".


Já houve a ideia de vocês duas gravarem um disco?
"Nós não vamos gravar disco, pois não temos nenhum objetivo mercantilista. Nosso único objetivo é divulgar que Inri Cristo está entre nós. Até porque não somos cantoras profissionais, e sim mensageiras do Reino de Deus".


Até agora, vocês fizeram versões do pop, do rock e de MPB. Vocês fariam versões místicas de músicas de gêneros como funk, forró, axé ou pagode?
"Até agora não recebemos nenhuma sugestão concreta. Não são nossos estilos musicais favoritos; porém, se algum dia nos enviarem uma versão bem elaborada, faremos uma avaliação imparcial".


Se vocês pudessem escolher algum artista ou grupo de rock ou de pop para tocar uma versão mística com a dupla Asusana e Alibera, quem escolheriam?
"Como já dissemos, nós não somos cantoras profissionais, por isso preferimos assistir aos artistas".


Como é a rotina de ensaios de vocês? Algum outro discípulo de Inri Cristo tem talentos musicais? Podemos esperar novas duplas musicais de seguidores de Inri?
"Nós não temos rotina. Ensaiamos quando temos uma brecha, às vezes até nos intervalos das audiências de Inri. Não somos cantoras, somos discípulas. Além de cantar, continuamos com nossas atividades de sempre, que é atender o público, dar orientações às pessoas que nos procuram, além de nossos afazeres diários. Cada membro da SOUST (a Igreja de Inri) cumpre sua missão de acordo com o talento que recebeu do Altíssimo, mas talento musical por enquanto só embaixo do chuveiro mesmo (risos)”.


Qual a sua versão mística favorita e por quê?
Alíbera: "A próxima, sem desmerecer nenhuma outra (risos)".


Qual a versão mística favorita de Inri Cristo?
"Para Inri todas são favoritas, pois todas falam sobre sua missão e seus ensinamentos".


Vocês podem adiantar quais serão as próximas músicas a ganharem versões místicas? Podem antecipar como serão os vídeos?
"Isso nós não podemos revelar. É surpresa".

5 comentários:

Nanamelon disse...

Sensacional!

Petter disse...

KKKKKKKKKKKKKK

Muito bom, mandou bem CA!

Anderson disse...

Genial, amigo!!!
Parabéns!

Kaká disse...

hahahaha! Otima!!! Adorei. :)

tati disse...

muito boa a entrevista! agora tem que ir lá fazer um vídeo com elas! hehehhehe

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