Eu disse que estava lendo "Slam", certo? Para os que não sabem, este é o título da nova obra de Nick Hornby. E Nick Hornby é o homem por trás de "Febre de Bola", "Um Grande Garoto", "Como Ser Legal", "Uma Longa Queda" e do grande clássico "Alta Fidelidade". Por definição, um autor que não só tem a virtude de contextualizar suas tramas no universo maravilhoso da cultura pop, com diversas citações de discos, livros, TV, internet (e tudo no maior bom gosto) como a de ser especialista em criar homens com alma de garotos.
À exceção de "Como Ser Legal" e "Uma Longa Queda", os personagens principais de suas obras são sujeitos adultos que, de alguma forma, se recusam a crescer; e em "Slam", ele deu uma leve alterada nessa história: seu protagonista agora é Sam, um adolescente - e que, portanto, ainda não se tornou um homem que sempre será adolescente, mas fatalmente terá o mesmo destino de alguns de seus antecessores.
criador e criatura
Sam tem 17 anos, mora com a mãe e é vidrado em skate. Para o cara, Tony Hawk (o skatista) é Deus. Mesmo. Tanto que fala com um pôster do cara que ele tem na porta de seu quarto. E o pôster cansa de ouvir as desventuras amorosas de Sam a respeito de Alicia, a primeira garota de quem Sam realmente gostou e de quem tomou o grande "slam" - gíria em inglês para queda no skate - de sua vida.
Engana-se quem pensa que o moleque é um bocó. Bem criado pela mãe, o moleque tem idéias geniais e divertidíssimas a respeito do mundo que o cerca; e sua história com Alicia é o recheio especial de mais uma narrativa hornbyana com que você se identifica totalmente. Ok, ao menos eu me identifico.
Como ainda estou lá pela página 60, não dá para fazer uma crítica completa, embora esteja certo de que não irei demorar para chegar ao fim de "Slam"; mas fazer uma resenha não era mesmo a idéia do post. Era só reconhecer publicamente a excelência de Hornby em fazer uma radiografia precisa do que se passa na cabeça e coração de quem está ocupado demais para se achar velho em um mundo que, felizmente, anda fazendo o seu melhor para não deixar que a gente enferruje. Se esse é o seu caso - e eu acredito que seja, até por você estar lendo um blog -, corra para a livraria sem medo.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
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Um comentário:
Oi Carlão,
Hoje deu no Correio Braziliense que o Porão do Rock deste ano vai trazer o Muse pra Brasília e, possivelmente, dando uma esticada no RJ e SP. Não sei se você curte a banda, mas achei que valia a notícia.
Grande abraço!
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