segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

"500 DIAS COM ELA": O AMOR NOS TEMPOS DA FILA ANDANDO




Cara-metade. A pessoa que nasceu para estar contigo. Amor para sempre. O ano é 2010 e, por mais que essas coisas sejam bonitas, a vida, os porres, as poesias e as canções (e...e...e...e...) já cansaram de provar que essas são verdades muito, muito questionáveis, a ponto de fazerem a curva e se tornarem exceções louváveis, raras e admiráveis. "500 Dias Com Ela" "(500) Days of Summer" não é um filme sobre elas - por mais que passemos boa parte da trama torcendo para que seja. É mais forte que nós, nos acostumamos a isso etc., mas a verdade é que a história bem contada pelo diretor Marc Webb e pelos protagonistas Joseph Gordon-Lewitt e a nova musa indie Zooey Deschannel não nos deixa sentir falta do clichê.

O roteiro leve e bem amarrado, e a direção ágil e esperta de Webb nos apresentam o romance de Tom e Summer em cada uma de suas fases de forma desordenada, tendo a manha de separar ponto a ponto o que há de real e de idealização na love story capenga dos dois - que certamente diz respeito a boa parte dos que estão ali, acomodados nas poltronas, querendo que o casal engrene para valer. E engrena?

Não vou dizer que sim nem que não - e o que me facilita a vida é que também é um filme sobre encontros e desencontros -, mas posso afirmar que o pulo do gato de "500 Dias Com Ela" é saber ilustrar muito bem os tempos do começo e da reconstrução sem ultraromantismo, sem tragédias grandiosas, sem mutilações e autoflagelos, combatidos dura e incessantemente pelo ditado realista exposto no título do post.

Últimos recados: prestem atenção também na excelente trilha sonora (com exceção da Patrickswayzeane "She`s Like The Wind") e na melhor das cenas do filme - a que mistura expectativa e realidade de um jeito original e divertido, reforçando a máxima maior de "500 Dias Com Ela" que é... Bom, como pode ficar piegas escrito aqui, vão lá e tirem suas conclusões. Vai ser bem mais legal.

8 comentários:

Fernanda Costalonga disse...

eu achei esse filme bem bonitinho... gostei muito também.
beijos

Rodrigo disse...

CA, muito bom o post. Apenas um adendo: temos que louvar o propósito do diretor de colocar 'She's Like The Wind' pra tocar no filme. Sem adentrar na qualidade ou não da música (eu até gosto), de fato quando ficamos apaixonados passamos a escutar uma ou outra música mais melosa. Nossos gostos (inclusive musicais) tornam-se menos refinados, pois como diz a famosa frase, tudo soa como música nos nossos ouvidos... mas basta algo errado acontecer no relacionamento que passamos a olhar algumas coisas sem emoção e assim a odiar essas 'músicas' e ter vergonha de algum dia termos gostado de escutá-las. Quem nao tem vergonha de algo que fez porque estava apaixonado (ouvir musicas toscas, ir a um show de axé, etc)?

É isso. Abraços!

Henrique Crespo disse...

500 Dias... tem o mérito de subverter a comédia romântica clássica. O bom roteiro talvez seja o segredo. Por falar em trilha, um filme que tem um cena de karokê com here comes your man do Pixies merece toda a atenção. rs

Andrei Vinicius Morais disse...

Amei esse filme adorei a dinâmica não-clichê desse filme.

Zeh disse...

Acho que o filem vale a pena pela maneira criativa do diretor de conduzir o filme. Mas acho que falta muito enredo pra ser considerado um BOM filme.

Anônimo disse...

A cena "Expectativa/Realidade" é simplesmente genial.

Kaká disse...

Adorei esse filme.
A cena "Expectativa/Realidade" é simplesmente genial. [2]
Adoro que a conversa deles começa por causa de There Is A Light That Never Goes Out (acho essa música super romântica).

Anônimo disse...

Gostei muito do filme.
Assisti o filme achando que seria mais uma obra cult.Foi quase.
O melhor da obra é que o final é normal, não é feliz, nem mega-feliz como sempre acontece nesses filmes românticos.

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