sexta-feira, 23 de maio de 2008

O herói e o menino

Finalmente chegou o dia. Quem freqüenta este blog sabe bem que eu estava no clima de contagem regressiva por "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal". Na verdade, a ansiedade estava acima do filme: meu nervosismo era por reencontrar meu herói de infância.





A adrenalina só baixou mesmo quando a tela escureceu; e a partir daí foi só encantamento. Mesmo nervoso antes do filme começar, sabia que não iria me decepcionar, mas estava muito curioso para saber como seria o Indy sessentão realizado por George Lucas, Steven Spielberg e Harrison Ford. Não demorou muito para eu perceber que eles tiveram a sabedoria de dar ao arqueólogo um amadurecimento digno, tal qual ele merecia.

O novo velho Indy é um pouco - pouco mesmo - menos hábil e rápido? Ok, sem problemas: em compensação, seu carisma nunca esteve tão afiado. Habilidades postas a serviço de um novo mistério que, por mais fantástico que possa parecer, tem fundamento em existir - pelo menos para os que, como eu, acreditam que os deuses, de fato, possam ter sido astronautas.





Outras excelentes sacadas do filme são: a referência ao "Caçadores da Arca Perdida"; as homenagens a "O Selvagem da Motocicleta" e "Tarzan"; e, sobretudo, a realização da inusitada reunião familiar com o outro retorno, o de Marion. Química resgatada diretamente do primeiro filme da série, e especialmente reativada com o responsável por fazer o mito dos Jones se propagar: o rebelde Mutt.

No mais, o filme é uma celebração acertada do mito de chapéu e chicote, ícone do cinema que é Indiana Jones. A trama é boa, mas por vezes me esquecia um pouquinho - pouquinho mesmo - dela para simplesmente me alegrar como simples fato de, depois de tantos anos, ver uma das figuras mais representativas da minha infância novamente em ação.

Mais do que me divertir, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" me fez recordar que, por mais que o tempo passe e os acontecimentos se (e nos) atropelem, há sempre personagens que, por mais que às vezes pareçam esquecidos e empoeirados nos nossos corações e mentes, são capazes de despertar com um único sinal. E quando isso acontecem, trazem felicidade em seu estado mais puro. Indiana Jones é assim para mim. Herói que, menino, encarnei diversas vezes; e que, ontem, me deu o privilégio de, ao revê-lo, me fazer reencontrar essa infância.

8 comentários:

Anônimo disse...

Eu só destaco dois pontos negativos no filme:

- a cena da geladeira

- o final Arquivo X - O Filme

Tirando isso, o filme foi perfeito. Climão Sessão da Tarde total.

Anônimo disse...

Vi ali na tua sidebar que tu linka o Indie Nation e o Olhometro. Às vezes me pergunto quem a Ana não conhece.

Anônimo disse...

que legal. acho q eu vou sentir o mesmo qdo fizerem outro jumanji kkkk

Davi Garcia disse...

Ótimo comentário CA :)

Também voltei à infância dentro do cinema revivendo mais uma aventura do Indy. Todo o clima fantástico que o filme explorou serviu muitíssimo bem ao desenvolvimento dos personagens e proporcionou belas homenagens ao filme que deu início ao mito. Tomara que ainda vejamos um Indy 5 :)

Abração!

Anônimo disse...

Po cara é incrível mesmo eu que nunca fui muito fan do indy, quase me emocionei com esse teu texto, Parabéns! Esta é a diferença entre jornalistas, e comunicadores

Rafael disse...

Realmente Carlão
Rever o Indy foi demais!
A graça do filme foi realmente o reencontro com o personagem e as referências a própria franquia.
Diversão pura!

Kaká disse...

Eu me diverti demais com o Indy, mesmo sessentão ele ainda segura o chicote como ninguém! E adorei a volta da Marion. :) Só o tal Mutt não me fez sentir, saí do cinema pensando em pelo menos outros 3 atores que seriam melhores. Mas felizmente isso não influiu muito na diversão que o Indy proporciona.

Marcus disse...

Carlos, você notou a referência a star wars na trilha sonora? Ouvi um tema que acho que era o da Princesa Léia em alguns trechos. Também pudera, com o mestre John Williams à frente da trilha, mesmo compositor da trilha de Star Wars! Parabéns pelos seus dois blogs, esse aqui e o Lost In Lost, do qual sou fã.

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