quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

FAIXA A FAIXA: "TONIGHT", FRANZ FERDINAND



Vazou o novo disco do Franz Ferdinand! Um belo tema para a primeira edição desta coluna em 2009...

Então, de cabo a rabo, minhas impressões iniciais sobre este que é o terceiro álbum da inflamável banda escocesa:


ULYSSES - Sintetizadores rodando por todos os lados, Alex Kapranos cantando "let's get high, um momentinho meio esquisito, que descamba pra um crescendo... Tudo isso em bons 3m11s.

TURN IT ON - As guitarras começam a chegar, mas ainda de forma discreta. Não é ruim, mas ainda não decolamos.

NO YOU GIRLS - Uma letra de sacadinha ingênua e simpática - garotas e garotos, cada um tentando se defender -, belo groove de baixo, e o refrão cheio de palminhas é feito para o público jogar junto nos shows. E dançar com a devida malemolência!

SEND HIM AWAY - Chegaram para os caras do Franz Ferdinand e perguntaram/sugeriram: "E se vocês fossem o The Coral?". Deu nela.

TWILIGHT OMENS - Menos inspirada do que suas antecessoras, mas me pareceu um pouquinho música pra fazer número no álbum. Pouco relevante, sendo honesto... e até generoso.

BITE HARD - Outra que haverá de ser tocada e ouvida nas pistas das festas rock. Em meio à elegante empolgação, muita atenção aos espertíssimos solos de sintetizador...

WHAT SHE CAME FOR - Ela vai naquela levadinha ferdinandiana até que, na reta final, guitarras em overdrive, climão de jam e rock rápido e feroz, em 20 segundos que perigam ser os mais divertidos até aqui.

LIVE ALONE - Teclados com timbres casio-retrô, cozinha disco, diversos momentos dentro da mesma música. Como canção não fala muito... aos ouvidos. Mas tem seus méritos.

CAN'T STOP FEELING - Esquisitinha em boa parte do tempo, de um refrão fácil - no mau sentido do termo - e... não sei se gostei dela não.

LUCID DREAMS - A maior canção do disco - tem 7m56s - não justifica sua longa duração. É chatola. Melhora um pouco na sua depechemodice, lá pelos 5m20s, mas não tem desculpa pra isso tudo não. Porém, a versão "radio edit" é melhor, e funciona. Seria melhor que fosse ela a constar no disco...

DREAM AGAIN - A mais delicada do disco, introspectiva ao jeito da banda. Synthpop mansinha que não chegou a me conquistar, mas deve agradar muita gente.

KATHERINE KISS ME - A banda decidiu pegar nos violões para encerrar o disco... e foi uma escolha feliz. Canção simples que parece ter nascido para ser trilha de cenas de casal namorando debaixo de uma árvore ou de apaixonados vendo a chuva cair de dentro de casa. Bonitinhainha.

NOTA FINAL: 5,5 - "Tonight" tem momentos legais, mas fiquei o tempo todo esperando por aquela música. Aquela. Mas ela não chegou - e em seu lugar mandou outras que foram bem e que se mostraram esquecíveis. Kapranos e seus asseclas podem mais - especialmente se pensarmos que quatro anos o separam do disco anterior do grupo, "You Could Have It So Much Better". Nesse contexto, o nome do álbum antecessor não poderia ter soado mais irônico...

2 comentários:

Matheus Rufino disse...

To ouvindo esse álbum desde segunda, já ia te perguntar se você já tinha ouvido e ia te pedir pra fazer um faixa a faixa, parece que vc adivinhou :).
Bom, gostei muito do álbum, adorei pra falar a verdade, até mais do que o segundo da banda, mas sua review foi bem justa. E pra mim, "Aquela" música, foi Live Alone.

Kaká disse...

Escutei esse albúm ontem na hora da corrida/caminhada. Pulei 3 músicas que não consegui escutar até o fim. Lucid Dreams foi uma delas, eu já tinha corrido quase 1km e a música não acabava (e eu corro devagar), uma batida chata. Aí em seguida entrou o album anterior e lembrei que na primeira vez eu não pulei nenhuma música(e ainda gosto de todas).

Esse 5,5 foi justo. Eu tenho que escutar esse novo outra vez, dar uma segunda chance. :)

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