quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
QUINTO ANO DE DEXTER: A TEMPORADA DO QUASE
De todos os cinco anos de Dexter, este foi o que me pareceu passar mais rápido. Normalmente essa sensação é associada a coisas espetaculares - algo que, definitivamente, esta quinta temporada não foi. Ruim, claro, também não; nem mesmo mediana. Foi divertido, legal, bom até - mas isso é pouco quando se trata de um seriado que nos acostumou ao melhor, certo?
Pelo que andei vendo nas interwebs, a grande maioria dos fãs concorda que esta foi a fase menos inspirada da trama do psicopata que mata psicopata, e eu concordo. Ao longo destas 12 semanas, li gente dizendo que a série não sabe mais para onde ir porque não tem mais para onde ir... e é aí que eu discordo. Dexter tem pra onde ir - e tinha muito pra fazer nessa temporada, já que abriu portas muito interessantes e boas de serem exploradas, mas que acabaram sendo subvalorizadas.
Recorrendo ao velho artifício da comparação com o futebol, foi um festival de belas jogadas que viraram bolas na trave, chutes pra fora... chances perdidas. Por exemplo, os roteiristas tiveram a possibilidade de reaver a ambição de LaGuerta, mas optaram por uma mulher mais ética; criaram a boa e oportuna união entre Quinn e Liddy mas a destruíram com a paixonite do policial; poderiam ter feito da transição de Lumen algo bem mais complexo e perturbador para ela e para Dexter; poderiam ter caprichado no embate entre Dexter e Eugene/Jordan; e, por fim, perderam a enorme oportunidade de fazer com que Debra soubesse do envolvimento de Dexter na caçada aos estupradores/assassinos do barril - ou que pelo menos tivesse elementos para desconfiar dele. Ainda assim foi legal, mas poderia ter ido muito além.
De novo: se a quinta temporada não foi brilhante como as anteriores, pelo menos foi divertida, com bons momentos de suspense, Peter Weller atuando benzão como o irritante Liddy e Jonny Lee Miller e Julia Stiles cumprindo bem seus papeis. E o melhor é que ainda há tempo e timing para que, na sexta, algumas das chances acima sejam retomadas, e de preferência logo no começo da história. Ou não está na hora da (cada vez mais competente) Debra desconfiar de seu irmão?
Claro que já - e o que ela fará/faria com essa informação é (apenas) um belíssimo caminho a ser explorado pela série, capaz de render pelo menos novos 12 episódios, em uma nova temporada que não só colocará Dexter em seu devido lugar como comprovará que, em tudo o que a história já nos ofereceu e que pode ainda nos dar, essa quinta temporada não foi o golaço de sempre.
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2 comentários:
Realmente, faltou aos roteiristas tomar mais riscos com a serie, principalmente no episodio final. O q importa é q a temporada foi divertida, como vc msm disse. Epsero mais da 6-a.
Eu achava que no último capítulo a Debra ia pegar o Dexter e a Lumen. Acabaria ali, com um puta gancho para a sexta temporada, onde ela ficaria com o conflito de "acorbertar" ou não o irmão... com isso ela ia começar a investigá-lo e ia começar a saber quem é o Dexter real... acho que seria bem melhor assim, gostei da temporada toda, só não gostei do season finale. Esperemos a sexta temporada !
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