terça-feira, 13 de abril de 2010

FAIXA A FAIXA: THIS IS HAPPENING, LCD SOUNDSYSTEM


De nada adiantou o apelo de James Murphy: This is Happening, novo disco do LCD Soundsystem, vazou mesmo. E a tônica -uau, tônica - do álbum é aquela: rock e eletrônico ora se alternando, ora convivendo muito bem. Faixas de longa duração, climões, synths surgindo em momentos apropriados e/ou inesperados... Enfim, saldo positivo.

This is Happening foi um bom motivo para eu ressuscitar essa seção. Por isso, antes, durante ou mesmo depois de cometer o pecado condenado por Murphy, confiram minhas impressões sobre o álbum, na ordem em que as faixas aparecem no disco:

DANCE YRSELF CLEAN - Faixa-cartão de visitas tem percussão marcante, solinho de teclado Casiotone e um refrão de vogais feito sob medida para/pelo David Byrne... até se assumir como synthpop na segunda metade. Bacaninha.

DRUNK GIRLS - Rock com um pé no 80s e vocação pra pista. Não é legaaaaaaaaaaaaal, mas é legal.

ONE TOUCH - Agora sim, estamos definitivamente sob luzes estroboscópicas. Blips, blops e vocal depechemodiano dão o tom. Coisa fina.

ALL I WANT - A intro é bacana, mas a estrutura linear cansa. Pouco inspirada, embora tenha um belo solinho de synth. E ainda rola um "ahumm-la-la-la" à la Beach Boys.

I CAN CHANGE - A canção mais classuda até agora, com o refrão-frase pegando bem. Sabe aquelas que merecem ser degustadas no fim da noite? É a própria.

YOU WANTED A HIT - Mais de nove minutos de música mostram o que o Weezer poderia estar fazendo se ainda fosse uma banda boa.

POW POW - É quase uma jam session de disco, batida retona que merecia a companhia de um baixo groovy que, infelizmente, não rola. Mas vale.

SOMEBODY'S CALLING ME - A penúltima do disco tem elementos interessantes - como a presença de um trompete e de belos synths, mas escorrega numa sutil monotonia. Ou seja: é chatinha.

HOME -Um encerramento discreto, porém na medida. Nada marcante, mas fica na boa média do disco.

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