domingo, 8 de junho de 2008

"Sex and the City": um reencontro na medida

Meu programa de sábado à noite: conferir o filme de "Sex and the City". Mesmo sendo representante do sexo masculino e heterossexual assumido, não tenho vergonha nenhuma de dizer que sempre gostei da série, apesar de nunca ter sido o programa de TV para o qual já tenha me programado para ver - só vejo no esquema zapeei-tá passando-eu paro. E na primeira vez em que mudei a regra, não me arrependi do que fiz.

Bem que quatro garotas quase que arruinaram a minha diversão, e a de alguns outros que estavam na sala de cinema, mas não foram as da tela. Foram quatro peruas - três adolescentes, e a outra que devia ser mãe saída de uma excursão da Disney de uma delas - que encheram o saco de quem estava ao redor com risinhos histéricos, comentários em voz alta e pitis de quem parecia comentar uma revista Caras o tempo todo. Fica a dica: NÃO ASSISTAM a "Sex and the City" ao lado de um quarteto feminino.

Agora sim, o filme.





A versão cinemão da série das nova-iorquinas cabe direitinho no tom da série. Você encontra exatamente os personagens sendo o que sempre foram: Charlotte, o sentimento (e se dá bem por isso); Miranda, a razão (e se ferra por isso); Samantha, o instinto selvagem (e entra em crise por isso); e Carrie... Carrie...

Pra não estragar surpresa nenhuma, vamos dizer que Carrie seja vítima de seu próprio desejo; e da única coisa que sacode o filme e que quase o derruba, mas não consegue: uma amarelada do Mr. Big. Negativamente atrapalhado pelo ator Chris Noth e uma interpretação que o põe no Olimpo da canastrice, esse momento da trama, na minha opinião, é tão inverossímil quanto a cafonice de Carrie. Na boa, não saco nada de moda, mas tenho o mínimo de bom gosto para saber que uma mulher de estilo não fica circulando com um pavão azul nos pés e um passarinho verde na cabeça. Não dá.

Voltando a Big, o incidente pateta protagonizado por ele não consegue atrapalhar a história; e é em torno das conseqüências do que ele faz que o filme, que poderia descambar para uma chatice, consegue achar seu melhor rumo. E está tudo lá: as fofices de Charlotte, as sacanagens de Samantha, o pragmatismo self made woman de Miranda e as filosofias de tela-de-MacBook de Carrie.

Outra coisa legal do filme é a personagem simpática de Jennifer Hudson, Louise de St. Louis. Inclusive, se um dia a série voltasse à TV, se encaixaria bem no papel que desempenhou. Mas se isso não vai mesmo acontecer, pelo menos os fãs das garotas Cosmopolitan encontraram a chance ideal para matar saudade delas. E, felizmente, "Sex and the City" promove um ótimo reencontro.

5 comentários:

Clarice disse...

legal ver as observações de um homem hetero que gostou do filme! :-) só discordo que quartetos femininos sejam todos sem noção, infelizmente você deu azar, mas sem noção tem em qualquer grupo! inclusive, eu assisti sendo parte de um quarteto feminino e isso tornou meu filme ainda melhor! mas isso só uma mulher com amigas como aquelas pode entender como é... ;-)

em tempo, eu concordo totalmente com sua opinião sobre o "pavão azul nos pés e um passarinho verde na cabeça" :-D

Gabriela Spinola disse...

CA,você assistindo Sex and the City ao lado de um quarteto feminino histérico deve ter te tirado do sério...Mas quando eu fui assistir "Homem de Ferro",tinha um pirralhinho junto com a família inteira (umas 7 pessoas),e o moleque não sabia ler legendas...¬¬'
Aí o pai dele ficou o filme inteiro explicando pro peste o que estava acontecendo...

Anônimo disse...

Pô, nunca assisti a série, por isso fico com medo de ir ver o filme e não entender bulhufas do que se está passando... =[

Anônimo disse...

Eu nunca vi a série....mas seria impressão minha, ou de tanto ver Lost, acabei dando uma de Hurley e vendo o Dave no filme? A propósito, o ator já fazia a série? Ou está somente no filme? Pior que isso foi ver Jin como assistente do Dr. Octopus no Homem Aranha 2. O que vem agora? Charlie virar um Elfo? rsssss

Anônimo disse...

SEX AND THE CITY O FILME EH EXCELENTE!!!

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